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TSE concede mais duas inserções à campanha tucana
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato José Serra (PSDB)
ganhou ontem pela manhã um
minuto de direito de resposta na
TV, conforme decisão do TSE
(Tribunal Superior Eleitoral).
Duas inserções de 30 segundos
cada foram ao ar ontem à noite,
entre 21h e 0h. Elas foram usadas
para responder a acusações de Ciro Gomes (PPS), cuja campanha
exibiu no horário eleitoral reportagem da revista "Carta Capital",
com declaração atribuída a um
ministro do Superior Tribunal
Militar afirmando que Serra teria
ficado "rico" após ser secretário
do Planejamento do governo
Franco Montoro, em São Paulo.
Às 15h30 de ontem, a campanha
de Serra entregou, para avaliação
do TSE, o filmete que foi exibido
nas inserções noturnas. A gravação do filme não teve a participação de Serra, devido aos compromissos do final da campanha.
Críticas
Ao lado do governador Geraldo
Alckmin (PSDB), Serra visitou
ontem o Horto Florestal, na zona
norte de São Paulo, e o bairro da
Mooca, na zona leste, onde vivem
seus familiares. Após visitar sua
mãe, Serra afirmou ter sido vítima
de muitas agressões e criticou o
adversário Anthony Garotinho
(PSB) e, indiretamente, o petista
Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao falar sobre a diferença do
discurso de campanha para o de
governo, ele citou o Rio Grande
do Sul, governado por Olívio Dutra (PT). "Em 98, a segurança era
a sexta preocupação da população. Hoje é a primeira. Digo isso
para mostrar que, quando se é governo, a história é outra."
Em relação a Garotinho, foi
mais direto. "Veja o caso da segurança no Rio. Quando Garotinho
foi governador reduziu em 40% o
investimento da segurança. Isso
agravou a situação do Estado."
Serra fez campanha gripado ontem. Segundo assessores, ele cancelou uma viagem ao Recife por
causa da gripe. "Na minha produtora todo mundo estava gripado,
até meu acupunturista. Não tinha
como escapar", disse o tucano.
À noite, Serra e Alckmin compareceram à casa do cardeal-arcebispo de São Paulo, dom Cláudio
Hummes, onde foi rezada uma
missa. A visita foi feita a pedido
dos próprios candidatos. De acordo com d. Cláudio, o encontro
não representava apoio aos tucanos. "Não tem nenhuma conotação política, é meramente cristã",
afirmou.
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