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PROBLEMAS DA CIDADE
Dificuldade financeira é origem da deficiência; maioria depende de financiamento municipal
Piracicaba tem déficit de 5.000 moradias
DA FOLHA CAMPINAS
O déficit habitacional em Piracicaba é de 5.000 moradias. A cidade tem
hoje 320 mil habitantes.
Os problemas econômicos são a
origem do déficit habitacional de
Piracicaba. O déficit é composto
principalmente por pessoas que
moram em cômodos cedidos por
familiares.
Sem condições de pagar aluguel
ou adquirir uma casa própria, a
parcela menos favorecida da população depende de um financiamento público para ter acesso à
moradia.
Este perfil foi traçado pela Emdhap (Empresa Municipal de Desenvolvimento Habitacional de
Piracicaba).
Segundo o diretor-presidente
da empresa, Rudinei Bassete, a diminuição da renda familiar e o
aumento do custo de vida provocam a demanda por moradias financiadas pela prefeitura do município.
O déficit apontado pelo município é baseado na fila da Emdhap.
Segundo a prefeitura, moradores
de áreas de risco e de áreas verdes
devem ter a situação resolvida nos
próximos anos e, por isso, não são
contabilizados.
Hoje, aproximadamente 900 famílias vivem em áreas de risco em
Piracicaba, mas devem ser removidas até o final do ano para conjuntos habitacionais, de acordo
com a administração municipal.
Segundo dados da prefeitura,
1.587 famílias foram removidas
nas duas últimas administrações.
Dessas famílias, 95% viviam à
beira de córregos e ribeirões, regiões consideradas de maior risco
por causa das enchentes.
Áreas Verdes
As famílias que moram em
áreas verdes -cerca de 2.000-
terão acesso à casa própria por
meio de projeto de desafetação de
regiões.
As áreas verdes, protegidas pela
lei ambiental, não podem ser urbanizadas. Por isso, a prefeitura
declarou de utilidade pública uma
área de 380 mil m2 para onde serão transferidas as famílias que
atualmente ocupam área verdes
do município.
A área que será desapropiada
passará por urbanização e os moradores terão que pagar prestações para ter direito à moradia
própria.
Atualmente, 95% da população
vive em área urbanizada.
A prefeitura de Piracicaba considera pequena a parcela da população sem moradia e o motivo seria o índice controlado de crescimento da cidade.
Segundo a administração do
município, a taxa geométrica de
crescimento nas décadas de 80 e
90 foi de 1,34%.
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