São Paulo, sábado, 06 de outubro de 2007

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Ex-secretário de Segurança, Saulo Abreu Filho vira sócio de um restaurante em SP

LUISA ALCANTARA E SILVA
DA REDAÇÃO

O ex-secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo e promotor Saulo de Castro Abreu Filho, que está de licença do Ministério Público e só deve retornar no ano que vem, se tornou sócio do restaurante Vira-Lata, na rua Minas Gerais, em Higienópolis, próximo à av. Paulista.
Segundo o arquiteto e decorador Fuad Murad, que é um dos sócios-fundadores do empreendimento, Saulo pagou R$ 250 mil para entrar no negócio -que vale R$ 1 milhão, de acordo com Murad. Desta quantia, R$ 200 mil vão para os seis sócios e R$ 50 mil para o caixa do restaurante. Parte desta soma será usada na reforma que o ex-secretário sugeriu para o restaurante, cujo imóvel é alugado.
Ele quer criar no local um bar "first class" -sofisticado e voltado a executivos com mais de 30 anos. "Não é barzinho para molecada", avisa o chef Eduardo Duó, também um dos sócios-fundadores.
"Era o sonho do Saulo transformar as salas do casarão [o restaurante mesmo funciona no quintal] em um bar com clube do charuto e do whisky", diz o chef.
Saulo escolheu o local para comemorar o seu aniversário, em novembro do ano passado, por indicação de amigos do Ministério Público que são sócios do empreendimento -dois procuradores e uma juíza entraram como sócios-investidores do Vira-Lata.
Desde então, o ex-secretário dizia querer entrar na sociedade. Fuad Murad afirma que ele se apaixonou pelo local e, quando ia, deixava bilhetinhos em guardanapos para os donos dizendo que queria comprar 20% das ações.
Segundo Murad, o investimento inicial do restaurante, aberto em novembro de 2005, foi de R$ 350 mil e, no primeiro ano de funcionamento da casa, foram investidos mais R$ 100 mil. De acordo com ele, o Vira-Lata vale hoje aproximadamente R$ 1 milhão.
A casa também ganha com a venda de móveis e objetos de decoração. Tudo o que está ali pode ser comprado pelos clientes -de objetos de mesa a cadeiras. E cerca de 40% da renda vem de eventos -na maioria, casamentos.
O bar "first class" tem previsão para abrir em um mês. Na carta de bebidas, Na carta de bebidas, "poucas marcas, mas bem selecionadas", segundo Duó. O champanhe francês Pommery, que custa, em média, R$ 225 a garrafa de 750 ml; um Moët & Chandon sai por R$ 206.
A Folha deixou quatro recados na casa do ex-secretário, mas não conseguiu entrar em contato com ele.


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