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Ex-secretário de Segurança, Saulo Abreu Filho vira sócio de um restaurante em SP
LUISA ALCANTARA E SILVA
DA REDAÇÃO
O ex-secretário de Segurança Pública do Estado de São
Paulo e promotor Saulo de
Castro Abreu Filho, que está
de licença do Ministério Público e só deve retornar no ano
que vem, se tornou sócio do
restaurante Vira-Lata, na rua
Minas Gerais, em Higienópolis, próximo à av. Paulista.
Segundo o arquiteto e decorador Fuad Murad, que é um
dos sócios-fundadores do empreendimento, Saulo pagou
R$ 250 mil para entrar no negócio -que vale R$ 1 milhão,
de acordo com Murad. Desta
quantia, R$ 200 mil vão para
os seis sócios e R$ 50 mil para
o caixa do restaurante. Parte
desta soma será usada na reforma que o ex-secretário sugeriu para o restaurante, cujo
imóvel é alugado.
Ele quer criar no local um
bar "first class" -sofisticado e
voltado a executivos com mais
de 30 anos. "Não é barzinho
para molecada", avisa o chef
Eduardo Duó, também um
dos sócios-fundadores.
"Era o sonho do Saulo
transformar as salas do casarão [o restaurante mesmo
funciona no quintal] em um
bar com clube do charuto e do
whisky", diz o chef.
Saulo escolheu o local para
comemorar o seu aniversário,
em novembro do ano passado,
por indicação de amigos do
Ministério Público que são sócios do empreendimento
-dois procuradores e uma
juíza entraram como sócios-investidores do Vira-Lata.
Desde então, o ex-secretário dizia querer entrar na sociedade. Fuad Murad afirma
que ele se apaixonou pelo local e, quando ia, deixava bilhetinhos em guardanapos para
os donos dizendo que queria
comprar 20% das ações.
Segundo Murad, o investimento inicial do restaurante,
aberto em novembro de 2005,
foi de R$ 350 mil e, no primeiro ano de funcionamento da
casa, foram investidos mais
R$ 100 mil. De acordo com ele,
o Vira-Lata vale hoje aproximadamente R$ 1 milhão.
A casa também ganha com a
venda de móveis e objetos de
decoração. Tudo o que está ali
pode ser comprado pelos
clientes -de objetos de mesa
a cadeiras. E cerca de 40% da
renda vem de eventos -na
maioria, casamentos.
O bar "first class" tem previsão para abrir em um mês. Na
carta de bebidas, Na carta de
bebidas, "poucas marcas, mas
bem selecionadas", segundo
Duó. O champanhe francês
Pommery, que custa, em média, R$ 225 a garrafa de 750
ml; um Moët & Chandon sai
por R$ 206.
A Folha deixou quatro recados na casa do ex-secretário, mas não conseguiu entrar
em contato com ele.
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