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Disputa sindical paralisa ônibus de dia e acaba em tiroteio à noite

Após bloqueio de terminais em SP, confronto entre sindicalistas termina com ao menos 8 feridos

Na véspera da eleição pelo comando de entidade, conflito na região da Liberdade tem bombas, rojões e tiros

DE SÃO PAULO

A disputa pelo controle do sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus parou mais da metade dos terminais da capital paulista ontem de manhã e acabou à noite com tiroteio e pelo menos oito feridos --sendo três baleados.

Manifestantes da chapa de oposição fecharam 16 dos 29 terminais de ônibus, das 8h às 12h, como parte da briga pelo comando da categoria.

À noite, concentrados diante da sede do sindicato, na Liberdade (centro), entraram em confronto com integrantes da situação, em um conflito que teve tiros, rojões e bombas e que terminou com a participação da polícia.

As cenas de violência ocorreram momentos antes da saída de urnas da sede do sindicato, que tinha eleição marcada para hoje e amanhã.

Segundo a oposição, centenas de integrantes da chapa foram recebidos com tiros e rojões disparados de dentro do prédio quando tentavam acompanhar as urnas.

Eles afirmam que havia policiais militares fazendo a segurança da diretoria.

"Isso aqui foi uma batalha, uma guerra, está tudo quebrado", afirmou Edivaldo Santiago, candidato a vice pelos oposicionistas.

Questionado sobre integrantes da situação também terem sido atingidos, ele admitiu que houve reação.

Santiago também relatou que, depois do primeiro confronto, policiais civis invadiram a sede do sindicato.

A Secretaria da Segurança Pública não comentou nem detalhou a ação das polícias.

A diretoria atual diz que a oposição tentava impedir as eleições pela força após 14 pedidos negados na Justiça.

O tenente da PM Alexandre Martins disse que oito ficaram feridos no confronto, sendo três baleadas.

Fábio Haddad, diretor técnico do hospital Santa Helena, disse que uma pessoa foi internada na UTI com traumatismo craniano.

A eleição estava prevista para ocorrer nas 32 garagens das empresas de ônibus e visava decidir a direção da entidade durante cinco anos.

A UGT (União Geral dos Trabalhadores) apoia a oposição. O sindicato hoje é filiado à Nova Central Sindical.

A disputa eleitoral se acirrou nas últimas semanas, quando a oposição passou a promover atos nas garagens e nos terminais e fazer acusações contra Isao Hosogi, presidente do sindicato desde 2004 e candidato à reeleição.

A chapa de oposição é formada por 13 dissidentes da diretoria, entre eles José Valdevan de Jesus, o Noventa, candidato a presidente. Antes do tiroteio, a PM foi acionada para garantir a segurança das eleições.


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