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Constantino Lacerda (1921-2013)

Pavimentou as ruas de São Paulo

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Por muitos anos, Constantino Lacerda rodou 100, 150 km dentro da capital paulista para vistoriar obras. Paranaense de Paranaguá crescido em Florianópolis, o engenheiro foi secretário de Obras de São Paulo em várias gestões.

Constantino era filho de gregos que vieram ao Brasil fugindo de conflitos na Europa. Fez os primeiros estudos na capital catarinense, onde também trabalhou no negócio de secos e molhados da família, no Mercado Municipal da cidade.

Saiu de Florianópolis para fazer a Escola Nacional de Engenharia, no Rio. Formou-se em 1946 e atuou na Central do Brasil até vir para São Paulo.

Na capital paulista, casou-se em 1948 com Maria de Lourdes, dona de casa, e ingressou como engenheiro na prefeitura. O neto Mony conta que o avô participou da fase de expansão de infraestrutura da cidade iniciada nos anos 50, comandando a pavimentação e a urbanização de ruas.

Ele se lembra do avô sempre que passa no viaduto João Julião da Costa Aguiar, sobre a Bandeirantes. A obra foi feita perto do aeroporto de Congonhas, na zona sul da cidade, na gestão de Constantino.

Nos anos 50, licenciou-se para ser secretário de Obras de Santa Catarina, então governada por seu irmão Jorge Lacerda, que morreu em 1958 num acidente de avião, no mesmo voo em que estava o ex-presidente Nereu Ramos.

Aposentou-se em 1980 e foi se dedicar à família, como diz o neto, que o descreve como turrão, mas engraçado. "Era um poço de educação, de abrir as portas para as mulheres."

Sofria de demência senil. Morreu na quinta (11), aos 91, após parada cardíaca. Teve três filhos, três netos e bisneta.


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