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Cotidiano

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Comandante é exonerado após anistiar PMs no Rio

Secretário de Segurança discordou do perdão dado a presos em quartéis

Pasta do governo não informou se a anistia a policiais será revogada nem o nome do novo ocupante do cargo

DO RIO

O comandante da PM do Rio, coronel Erir Costa Filho, foi exonerado ontem pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

A saída ocorre após os dois divergirem sobre a decisão do coronel de anistiar policiais que foram punidos com prisão administrativa, em quartéis, entre 4 de outubro de 2011 e sexta-feira passada. O perdão às punições foi revelado pela Folha no sábado.

A secretaria não divulgou o nome do novo ocupante do cargo e nem se a anistia dada aos PMs será revogada.

Para justificar a anistia, Costa Filho citava "o alto grau de profissionalismo" em eventos como a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude, e "nas manifestações populares".

A atuação das polícias Civil e Militar nos protestos no Rio foi criticada por grupos de direitos humanos e está sendo investigada.

Beltrame discordou da anistia, mas o coronel se recusou a revogá-la. O afastamento foi anunciado após reunião entre o coronel e o secretário. Nenhum dos dois falou ao fim do encontro.

Em nota, Beltrame elogiou Costa Filho, que comandou a tropa por 22 meses. "Mudanças fazem parte do processo de gestão e devem ser vistas com naturalidade." O coronel foi o quarto comandante da PM na gestão de Beltrame, que está no cargo desde 2007.

O caso da anistia foi a gota d'água de uma relação que já vinha se deteriorando desde a Copa das Confederações.

No auge dos protestos, o comandante foi direto ao governador Sérgio Cabral (PMDB) pedir para comprar mais gás lacrimogêneo.

Auxiliares de Beltrame tentam convencê-lo a nomear o coronel Robson Rodrigues da Silva, atualmente coordenador das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora).

Silva sofreu uma repreensão em maio de 2011 por ter feito "bico" no Carnaval de 2009. A punição foi anulada após o coronel entrar com recurso na sexta. Ele alegou que não lhe foi oferecido direito a ampla defesa.


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