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Análise

Com dados contraditórios, especulação corre o mundo

COMO A ORIGEM DAS INFORMAÇÕES É A POLÍCIA, QUE NÃO DÁ CONSISTÊNCIA AO QUE FALA, FOI UMA SEMANA DE VALE-TUDO

NELSON DE SÁ DE SÃO PAULO

Na Record e na Band, as barras de informação dos programas policiais perguntam na tela: "O menino matou a família?".

E longos posts no Facebook defendem uma ou outra resposta, com raciocínios a partir de informações vazadas.

Mais que maniqueísmo de novela ou conflito editado de "reality show", o que se viu foi uma rede em expansão, atrás de uma resposta.

Como a origem das informações é a polícia, que não dá consistência ao que fala, foi uma semana de vale-tudo. A resposta ficou por conta de torcidas, de ambos os lados.

Além do primeiro choque, com a tese de que menino era o assassino, dois detalhes vazados potencializaram o caso para a mídia social e a cobertura mundo afora.

O primeiro foi a vinculação ao game Assassin's Creed. Marcelo Rezende, do "Cidade Alerta", chegou a manipular o CD, ostensivamente.

Acumularam-se piadas on-line ("Culpa do game: menino viciado em Mario mata tartaruga com cabeçada") e a Ubisoft, que produz o jogo, precisou reagir via Facebook.

O segundo foi a vinculação ao caso Amityville, um crime dos anos 70. Foi como a notícia se espalhou por EUA e Europa. A CNN americana dedicou quatro minutos e especulou: "A história de Amityville inspirou o massacre?".

Os tabloides londrinos exploraram mais. O "Daily Mail" se desviou para a teoria de que outros policiais cometeram o crime. "Sun" e "Mirror" foram atrás.

Também "Guardian" e "Independent", por sua vez republicados por "South China Morning Post" e "Times of India", globalizando o caso.


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