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Foco
Artistas e familiares pedem informações sobre Amarildo
LUCAS VETORAZZO DO RIONo Dia dos Pais, familiares de Amarildo de Souza, 43, artistas e moradores da Rocinha fizeram um ato na favela para cobrar explicações sobre o desaparecimento do pedreiro, que no dia 14 completará um mês.
Uma faixa que questionava "Quem matou Amarildo?" foi estendida no viaduto que dá acesso à favela.
A manifestação reuniu cerca de 50 pessoas, entre elas o ex-marido da juíza Patrícia Accioly, morta por policiais militares no Rio em 2011, e a produtora Paula Lavigne.
A mulher de Amarildo, Elizabeth Gomes da Silva, e os seis filhos do pedreiro, também estavam presentes. Elizabeth negou relação com o tráfico de drogas.
Na semana passada, foi divulgado que o delegado Ruchester Marreiros pediu a prisão de Elizabeth e apontou o casal por envolvimento no tráfico. O pedido foi recusado por outro delegado e por uma promotora.
Segundo Elizabeth, há uma tentativa da polícia de mudar o foco da questão. "Só me resta pedir justiça."
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), presidente da comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio, disse que é "inaceitável a tentativa de criminalizar a família".
APELO
Já na noite de sábado, o ator Wagner Moura aproveitou a homenagem que recebeu no Festival de Gramado para fazer um apelo.
"Lá na Rocinha tem seis filhos que não vão almoçar com o seu pai. Eu sei por que eu não vou almoçar com meu pai, ele ficou doente e morreu. Mas eles não sabem. Eu gostaria que as autoridades do Rio de Janeiro pudessem dar uma resposta, que eles soubessem o que aconteceu com o pai deles", discursou.
