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Cresce aprovação a médicos estrangeiros no país
Segundo pesquisa do Datafolha, 54% aprovam profissionais de fora atuando no Brasil
Aumentou a aprovação à contratação de médicos estrangeiros no Brasil, uma das medidas previstas pelo programa do governo federal Mais Médicos, revela pesquisa Datafolha.
De acordo com o levantamento, feito entre quarta e sexta-feira da semana passada, 54% dos entrevistados são favoráveis ao projeto do governo federal de trazer médicos para trabalhar em regiões onde faltam profissionais de saúde.
No fim de junho, o índice de aprovação era de 47%. Da mesma forma, 48% eram contrários ao projeto na pesquisa de junho --agora, esse percentual caiu para 40%.
O Datafolha fez 2.615 entrevistas em 160 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
PERFIL
De maneira geral, quem apoia a vinda de médicos estrangeiros é homem (59%), tem ensino fundamental (54%), simpatiza com o PT (62%) e avalia bem o governo federal (63%).
A maioria (60%) vive no Nordeste do país, principalmente em cidades de médio porte --entre 50 mil e 200 mil habitantes (60%).
Já os maiores críticos ao projeto têm ensino superior (52%), avaliam como ruim ou péssima a gestão da presidente Dilma Rousseff (52%) e moram em cidades com mais de 500 mil habitantes (46%).
PROGRAMA
Lançado em julho deste ano, o programa Mais Médicos tinha dois eixos.
O primeiro é fixar médicos, brasileiros ou estrangeiros, na rede pública de saúde de municípios do interior e na periferias das grandes cidades do Brasil.
O segundo era ampliar o curso de medicina em dois anos. Essa proposta, no entanto, já foi flexibilizada pelo próprio governo federal frente a uma avalanche de críticas vindas de vários setores da sociedade.
Após a primeira fase --que se destinava a médicos formados no Brasil ou que já têm autorização para atuar no país-- ter atendido apenas 6% da demanda dos municípios inscritos do programa, foram abertas as inscrições para médicos que atuam em outros países.
O Ministério da Saúde informou no último sábado que 715 médicos que atuam no exterior se inscreveram no programa. Destes, 521 são estrangeiros e 194 são brasileiros que trabalham fora do país.
Os médicos estrangeiros deverão passar três semanas sob avaliação de uma universidade brasileira antes de começar a trabalhar.
O governo federal vai custear a passagem dos selecionados ao Brasil.