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Titular da Saúde pede demissão a Alckmin

Giovanni Cerri entregou o cargo ao governador paulista; episódio encerra especulações sobre sua saída do posto

A aliados, secretário disse acreditar que pode contribuir mais para o debate público estando na academia

DANIELA LIMA DIÓGENES CAMPANHA DE SÃO PAULO

O secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Giovanni Guido Cerri, pediu demissão ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) ontem, no Palácio dos Bandeirantes.

Cerri deve permanecer no cargo até o fim da próxima semana. Ele vinha sofrendo uma série de críticas dentro do governo e de entidades que representam os profissionais da saúde.

Ele colocou o cargo à disposição após cumprir agenda com o governador, pela manhã, no hospital Emílio Ribas, onde funcionários e pessoas ligadas ao Sindsaúde fizeram um protesto durante a agenda oficial.

A conversa aconteceu no Bandeirantes e encerrou longo processo de especulações sobre a saída de secretário --tanto de que ele gostaria de deixar o posto quanto de que o governador iria demiti-lo.

Mesmo sob críticas, Alckmin vinha bancando a permanência de Cerri, mas há cerca de um mês a situação se agravou. Há dez dias, Alckmin chegou a convidar o infectologista David Uip para assumir o lugar de Cerri, mas desistiu da mudança após conversar com o secretário.

Segundo aliados, Cerri vai reassumir a direção da Faculdade de Medicina da USP.

MAIS MÉDICOS

De perfil técnico, o secretário acabou perdendo força política no governo à medida que o ministro da Saúde de Dilma Rousseff (PT), Alexandre Padilha, se consolidava como principal adversário de Alckmin nas eleições de 2014.

No meio político, disseminou-se a versão de que faltava a ele "combatividade" para fazer contraponto a Padilha na área em São Paulo.

A pessoas próximas, o secretário disse acreditar que dará maior contribuição às discussões sobre a formação de profissionais da saúde e a política de distribuição de médicos --temas do programa federal Mais Médicos-- estando na academia.

Procurado ontem pela reportagem, Cerri disse que não iria responder sobre o pedido de demissão por se tratar "de um assunto pessoal".

Também procurada, a assessoria de comunicação do governo Geraldo Alckmin não respondeu.

A Folha apurou que ainda não há um substituto para Cerri. Um novo convite a Uip não está descartado.


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