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Outro lado

Acusados negam ter feito falsa denúncia

Delegado que fez a primeira apuração diz manter convicção de que empresário fraudou bolão

DO ENVIADO A SÃO JOSÉ DO HERVAL (RS)

O delegado responsável pela primeira investigação sobre o caso da Mega-Sena no interior gaúcho discorda do Ministério Público e diz manter a convicção de que o empresário Ortenilo Nicolau fraudou o suposto bolão.

Heliomar Franco, que comandou o inquérito entre 2010 e 2011, afirma que havia extensas "provas" de que o empresário e outras pessoas se apropriaram do prêmio.

Ele diz se basear em escutas telefônicas, perícias e quebras de sigilo bancário. Também afirma que houve "movimentações suspeitas" de dinheiro e que os apostadores do bolão eram "pessoas humildes" que não teriam condições de inventar a história.

Argumento parecido é citado pelo advogado de 10 dos 12 réus, Alessandro Becker.

Ele diz que a denúncia da Promotoria é uma "aberração jurídica". "Não houve denunciação caluniosa. Ninguém sabia quem era o ganhador."

DESCONFIANÇA

A Folha localizou Anoar Pinheiro, um dos integrantes do suposto bolão, mas ele disse que só seu advogado iria se manifestar.

A reportagem também ouviu o ex-secretário municipal de Obras José Carlos Pinto, que foi denunciado à Justiça.

"Qualquer um iria desconfiar: faz uma série de jogos e depois falta um bilhete. Foi pedido [à polícia] para fazer uma averiguação", disse ele.

O ex-secretário foi responsabilizado nas duas investigações policiais do caso.

Na que esteve sob responsabilidade de Heliomar Franco, foi apontada participação na suposta fraude a favor do empresário. Pinto diz que "não dá para entender direito" a conclusão do delegado.

O ex-prefeito de Fontoura Xavier José Flávio Godoy (PT) nega qualquer participação e afirma que não tinha envolvimento com o grupo que diz ter apostado no bolão.


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