São Paulo, domingo, 03 de junho de 2007

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Mercado Aberto

guilherme.barros@uol.com.br

TAM defende o aumento da participação do capital de fora

O capital estrangeiro deveria ter autorização para participar em até 49% das companhias aéreas brasileiras. Hoje, a sua participação está limitada em 20%. A tese é defendida pelo presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, ao propor algumas mudanças nas normas que regem o Código Brasileiro de Aeronáutica.
Nas próximas semanas, o Conac (Conselho Nacional de Aviação Civil), que é o órgão responsável pela política nacional de aviação, deverá se reunir para discutir uma atualização dessas leis.
A última vez que o Conac se reuniu foi em outubro de 2003. Desde então, o setor foi atropelado por uma série de incidentes, como a crise a Varig, o acidente com o avião da Gol e o "apagão" aéreo, que pouco se avançou nas discussões sobre a política de aviação do país.
Apesar da CPI do Apagão Aéreo, Bologna acha que, agora, é o momento para reiniciar as discussões sobre a atualização das leis que ditam a política de aviação. Ele não acredita que a CPI aponte nova denúncia de impacto, já que todas as crises foram bastante investigadas.
Por isso, Bologna acha que o momento é ideal para se atualizar o Código Brasileiro de Aviação, que é de 1986, antes, portanto, da Constituição, do Código Brasileiro do Consumidor, da Lei de Concessões e da nova Lei das S.A., entre alguns exemplos para demonstrar que as leis aéreas do país estão desatualizadas.
Entre as mudanças, Bologna propõe o aumento da participação do capital estrangeiro nas aéreas brasileiras para 49%, a exemplo do que acontece no resto do mundo. O conselho de administração das companhias deve, porém, ter dois terços de brasileiros residentes.
Já em relação à abertura do transporte aéreo do país para as empresas estrangeiras dentro do país, a chamada cabotagem, Bologna é contra. Segundo ele, todos os países de dimensões continentais como o Brasil também fazem essa restrição às companhias de fora.
Outra mudança na lei que Bologna defende diz respeito ao direito de outorga de uma companhia. Assim como o Banco Central impõe pré-requisitos para se ter um banco, o Conac também deve estabelecer princípios econômico-financeiros para se obter uma concessão para uma companhia aérea. Hoje, a outorga se baseia basicamente em critérios técnicos.
"Trata-se de um negócio que transporta vidas. Uma empresa de aviação não pode estar inadimplente, tem que ter algum nível de capital, um nível de liquidez."

IMOBILIÁRIO
O diretor da construtora americana Neo, Frank Guerra, estará em SP, na terça, para conhecer as regiões de valorização imobiliária. Na pauta, a Vila Leopoldina. Guerra quer estudar o perfil do consumidor brasileiro, que considera um dos potenciais compradores em Miami nos próximos anos. O executivo vem ao Brasil a convite da Sotheby's.

TANINO
A Concha Y Toro lidera o ranking dos principais exportadores de vinho do Chile no primeiro trimestre. O segundo lugar ficou com Adolfo Hurtado, eleito melhor enólogo do Chile pelo "Guia de Vinhos" do país, com a Cono Sur. A lista é da "Wines of Chile" e considera o faturamento das vinícolas (veja ao lado). No Brasil, os vinhos da Concha Y Toro são comercializados pela Expand e os da Cono Sur, pela Wine Premium.

TAJ MAHAL
Paulo Godoy, presidente da Abdib, embarca para a Índia na missão liderada por Lula, amanhã e terça. Godoy fará apresentação sobre a capacidade das empresas brasileiras de investir na expansão da infra-estrutura. A Índia importa cerca de US$ 140 bilhões anualmente, mas as vendas brasileiras não atingiram sequer US$ 1 bilhão em 2006, somaram apenas US$ 900 milhões. E ainda diminuíram 17% em relação a 2005.

BIO
A Brasil Ecodiesel e o Instituto Agrônomo de Campinas representam o Brasil no grupo multidisciplinar internacional para pesquisas na produção de biodiesel com oleaginosas não-comestíveis. O grupo é organizado pelo Instituto de Inovação em Biotecnologia e Indústria da República Dominicana e envolve países como Cuba e Argentina.

Empresário faz roupa de executivo "descolado"

Os "executivos-surfistas" que sofrem para se adequar às roupas de trabalho terão mais opções a partir de agora. O empresário José Carlos Marques, surfista, que tinha dificuldade para encontrar roupas adequadas ao seu estilo para reuniões de negócios, lança, nos próximos meses, a grife Orange County.
"Muitos presidentes e diretores de empresa são jovens e gostam de surfe, snowboard, e precisam de roupas para seu estilo", diz. Marques pretende começar em multimarcas de luxo e depois abrir lojas próprias.

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