DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado do José Roberto Pernomian Rodrigues, Antonio Ruiz Filho, diz que as acusações contra o seu cliente serão desmontadas uma a uma durante o processo judicial.
"Não é verdade que meu cliente montou uma fábrica de sonegação. Muitas coisas que aparecem como verdades absolutas nessa investigação vão ser contestadas e esclarecidas. Esse tipo de importação envolve legislações muito complexas, que não foram devidamente entendidas pela Receita e pela Polícia Federal", afirma.
Ruiz Filho diz que é possível que o planejamento tributário fosse uma das atribuições de Rodrigues como diretor da Mude, e esse tipo de atividade não tem nada de irregular.
Outro mito que será derrubado, segundo o advogado, é o de que a Mude era uma notória sonegadora. "A empresa pagava quantias expressivas de impostos, mais de R$ 100 milhões."
A Cisco diz em notas e entrevistas que colabora com a investigação da PF e atribui as irregularidades à Mude, que distribuía seus produtos no Brasil.
A Secretaria da Fazenda de São Paulo afirmou que Rodrigues fez parte do Tribunal de Impostos e Taxas por indicação de uma entidade, a qual não soube dizer qual era.
Ricardo Castilho, diretor da Escola Paulista de Direito, diz que Rodrigues figura no quadro de professores e conferencistas da instituição porque deu uma aula no segundo semestre de 2006. Ele não tem vínculo com a escola, afirma.
A Escola Paulista de Direito é dirigida por Ada Pelegrini Grinover e tem entre seus professores e conferencistas acadêmicos como Celso Lafer, Dalmo Dallari e Dirceu de Mello.


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