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São Paulo, domingo, 10 de agosto de 2003

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MIL VAGAS

Junto com o comércio, setor gera 46% da riqueza produzida no país e emprega mais de 6,3 milhões

Serviços se consolidam no papel de fábrica de desenvolvimento

Fernando Moraes/ Folha Images
Rogério Medeiros a carreira em saúde após especializações


JULIANA GARÇON
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O setor mais dinâmico da economia, o terciário (constituído por serviços mais comércio), continua em expansão nesta década, depois de ultrapassar a indústria, no início dos anos 90, como o principal responsável pelo PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Desde 1991, o terciário responde por cerca de 46% de toda a riqueza produzida no país -à frente dos 42% originários da indústria e dos 13% gerados pela agropecuária.
O último levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para o setor aponta que 814 mil empresas operavam, em 2001, em atividades de serviços mercantis não-financeiros, ocupando 6,3 milhões de pessoas e gerando R$ 251 bilhões em receita operacional líquida (excluindo os serviços financeiros).
Isso significa crescimento de 6% no volume de empresas, de 6,11% no número de pessoas ocupadas (autônomos não entraram na contabilidade) e de 17,74% no conceito de receita líquida, em relação ao ano anterior.
Claudio Felisoni de Angelo, coordenador-geral do Provar-USP (Programa de Administração de Varejo), explica que a expansão se dá porque a globalização dos mercados, iniciada nos anos 50 e acelerada nas últimas décadas em virtude da velocidade da informação, permite que as prestadoras de serviços realizem, com facilidade, operações que antes exigiam estrutura física mais rígida. "Hoje é possível trabalhar a distância", afirma.
Apesar das reformulações e dos enxugamentos, o número de empregos no setor se mantém em ascendência. "A maior parte das atividades é intensa em mão-de-obra", frisa Angelo. Um hotel, por exemplo, sempre terá dezenas de funcionários, de diversas especializações, apesar de toda a automação possível. Uma linha de produção de indústria, por sua vez, ao passar por uma evolução tecnológica, acaba dispensando parte da equipe.

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