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Tostão

Hábito e repetição

Apesar de parecer óbvio um time crescer em casa, isso ainda não foi bem explicado

No primeiro jogo, o Newell's Old Boys, em casa, foi superior na vitória por 2 a 0. No Independência, poderá ser a vez de o Galo cantar alto.

Não gostei de ver Cuca, no jogo contra o Criciúma, com a camisa com a frase: "Yes, we C.A.M.", de Clube Atlético Mineiro. O "Yes, we can" se tornou um chavão, além de passar a ideia de que é quase impossível, quase um milagre. Se não der, já está explicado. Não é milagre, basta o Atlético-MG jogar como outras vezes, no Independência. A desvantagem não é de 4 a 0, mas de 2 a 0.

Apesar de parecer óbvio um time crescer em casa, diante de sua torcida, falta um grande estudo científico, por uma universidade conceituada, para tentar explicar, nos detalhes, porque uma equipe se agiganta tanto em casa, fica mais corajosa, enquanto o visitante fica inibido, apático. Antes que um saudosista diga que, no passado, era diferente, não era.

O gramado é importante, ainda mais se for ruim. O time da casa conhece montinhos artilheiros e buracos, abertos ou tampados com areia, como o novo estádio de Brasília, de mais de R$ 1 bilhão.

Uma vergonha. André Kfouri escreveu em sua coluna no "Lance!" que nada funcionou no estádio, no jogo Flamengo x Coritiba. Padrão Fifa, só na Copa. O torcedor do Brasileirão que se dane.

Existem ainda pequenos problemas, que, quando se somam, prejudicam o visitante. Um centroavante do Cruzeiro, nos anos 1960, só fazia gols se, na véspera, se encontrasse com a amada, em uma casa de prostituição.

Outro só viajava se levasse seu travesseiro. Alguns não dormem bem em cama de hotel. Imagine hoje se um atleta esquecer o pequeno computador ou os enormes fones que colocam nos ouvidos.

O ser humano, quando sai da rotina ou é invadido por emoções diferentes, que vêm do fundo da alma, se sente em perigo. Para evitar isso, prefere repetir, racionalizar, sublimar e reprimir. Somos um animal de hábitos, racionais e irracionais.

SUCESSO E FRACASSO

Ganhar mais ou ganhar menos não deveria ser o único parâmetro importante para se analisar um treinador. É simplificar demais dizer que um técnico foi um sucesso, quando o time ganha, e um fracasso, quando perde.

Há muitos outros fatores envolvidos. Um treinador, quando ganha um título, passa a ser pretendido por outros grandes clubes e, com isso, tem mais chances de ter uma sequência de conquistas.

O mesmo técnico pode ter uma sequência contrária, de vários times fracos e de derrotas. Existem treinadores que ganham mais títulos que outros de mais qualidade.

Luxemburgo não era um genial estrategista nem é agora incompetente. Felipão não estava ultrapassado nem se tornou o maior padrão de referência de alta qualidade.


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