Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Abismo entre Bolt e rivais cresce com casos de doping

ATLETISMO
Sem Gay e Powell, jamaicano inicia disputa dos 100 m no Mundial

PAULO ROBERTO CONDE DE SÃO PAULO

A máxima de que Usain Bolt, 26, tem o cronômetro como seu único rival nunca foi tão precisa quanto no Mundial de atletismo de Moscou.

O estádio Luzhniki, palco da competição, verá desfilar mais de 70 concorrentes nos 100 m rasos masculino, cujas eliminatórias começam hoje às 13h15 (de Brasília).

Nenhum deles, porém, teoricamente capaz de incomodar o astro jamaicano --que tenta reaver o título após queimar a largada e ser desclassificado em Daegu-2011.

O recorde mundial de Bolt na prova, de 9s58, é ao menos dois décimos superior à marca de qualquer outro rival na competição russa --apesar de sua melhor performance no ano ser "só" 9s85.

É a primeira vez desde que ele se tornou recordista dos 100 m, em 2008, que Bolt tem oponentes com fichas tão inferiores. Além da disparidade técnica, o páreo encolheu por um motivo mais constrangedor: o doping.

O compatriota Asafa Powell e o norte-americano Tyson Gay, dois de seus maiores desafiantes, foram flagrados em exame antidoping e não vão enfrentá-lo.

Gay, 31, dono do melhor tempo dos 100 m no ano (9s75) e segundo homem mais rápido da história (9s69), acabou pego em exame feito em maio, mas jurou inocência.

Powell, 30, medalhista olímpico, foi flagrado com estimulante. Yohan Blake, 23, vice olímpico dos 100 m e outro jamaicano que poderia encarar Bolt, disse que abdicou do Mundial por lesão.

Blake, por sinal, cumpriu três meses de afastamento por uso de estimulante.

"Não diria que, sem Powell, Gay e Blake, será uma barbada para Bolt. Mas são poucos os que podem botar uma pressãozinha nele em Moscou", disse o ex-velocista brasileiro Robson Caetano.

O norte-americano Justin Gatlin, 31, é o principal deles. Ouro em Atenas-2004, ele também tem a mácula do doping na carreira. Foi banido do esporte de 2006 a 2010.

Embora à margem dos casos, Bolt convive com o espectro do doping. Neste ano, já disse que aceita congelar sangue para análises no futuro.

À Folha, no mês passado, afirmou que tem como objetivo mostrar que é possível ser veloz e limpo. Nos 100 m do Mundial, cuja final será amanhã às 14h50 (de Brasília), ele tenta mostrar isso de novo.

NA TV
Mundial de Moscou
7h SporTV
2h (de amanhã) SporTV


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página