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Marcio Fortes deixa a presidência de órgão organizador dos Jogos
RIO-2016
Autoridade Pública Olímpica monitora as ações dos três níveis de governo
Marcio Fortes renunciou à presidência da APO (Autoridade Pública Olímpica) dos Jogos do Rio-2016. O pedido foi feito por ele à presidente Dilma Rousseff no dia 1º.
A APO é um consórcio público dos governos federal, estadual e municipal criado para monitorar investimentos e ações para a Olimpíada.
A princípio, não executa obras, mas poderá fazê-lo em caso de atraso que comprometa a realização do evento.
Fortes não disse o motivo da decisão. Ele foi ministro das Cidades no governo Lula e assumiu a APO em 2011.
O Ministério do Esporte travava com Fortes uma disputa pelo protagonismo da organização olímpica. Em novembro, Dilma mudou a vinculação da APO, que se transferiu do Ministério do Planejamento para o do Esporte. Fortes ficou descontente.
O ministério é controlado pelo PC do B, e os executivos da pasta nunca se conformaram em não comandar a APO.
A criação do órgão foi um dos compromissos assumidos pelo Brasil com o COI, baseada na experiência bem-sucedida de Londres-2012.
Mas a APO tem papel bem menos abrangente do que a ODA (a autoridade olímpica inglesa), segundo o próprio Fortes admitiu em 2012.
A ODA executava obras e tinha orçamento bilionário. Já a APO teve verba inicial de cerca de R$ 150 milhões.