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O dia em que o corintiano comemorou gol contra o Corinthians

De casa nova, 17 mil torcedores festejaram quando o ex-craque Rivellino fez, de pênalti, o primeiro gol diante do ex-goleiro Ronaldo

Mesmo não sendo um "batedor de pênalti", sobrou para Roberto Rivellino, 68, efetuar a cobrança que originou o primeiro gol do Corinthians ontem, na festa de inauguração do Itaquerão, na zona leste de São Paulo.

Embaixo do travessão estava Ronaldo, outro ídolo do clube alvinegro, que também participou do amistoso intitulado "Corinthians x Corinthians", no local onde ocorrerá a abertura da Copa do Mundo, no dia 12 de junho.

Quando a bola tocou o fundo da rede, os cerca de 17 mil torcedores que foram ao estádio gritaram como se fosse para valer, não importando que em campo tudo era Corinthians. Mas Rivellino, na verdade, havia batido contra o próprio gol, evidenciando o clima de descontração que tomou conta da partida.

"Os garotos são fantásticos e fizeram questão de que eu batesse o pênalti. Mas não sou batedor. Pena que na minha época não tinha essa qualidade toda no estádio", disse o ex-meia, campeão do mundo em 1970, no México, com a seleção brasileira.

Além dele, Emerson Leão, Edilson, Ricardinho, Gilmar Fubá, Marcelinho Carioca, Palhinha, Rincón, Luizão, Edu Gaspar, Vampeta, Alessandro, Paulo Sérgio, Sylvinho e Dunga --entre outros ex-atletas-- se enfrentaram em seis partidas de 15 minutos cada uma.

Marcelinho Carioca mostrou que a pontaria ainda está calibrada: em cobrança de falta, ele marcou seu gol e foi festejado pela torcida.

Edilson foi aplaudido ao fazer embaixadinhas e equilibrar a bola na nuca, numa referência à provocação aos jogadores do Palmeiras na final do Paulista de 1999.

Antes do início do amistoso, o gramado virou palco de agradecimentos e tributos.

Ovacionado pelos torcedores, o ex-presidente do clube Andrés Sanchez fez o primeiro discurso. Já o atual presidente do clube, Mario Gobbi, ouviu vaias das organizadas.

Os operários que trabalham na construção foram homenageados, três deles em especial: Fábio Luiz Pereira, Ronaldo Oliveira dos Santos e Fábio Hamilton da Cruz, que morreram em acidentes durante as obras.

DIFICULDADE NO ACESSO

Se dentro do Itaquerão foi de festa, fora dele torcedores tiveram problemas.

A advogada Regina Souza, 68, reclamou do sumiço repentino das placas que indicavam a localização da arena durante o trajeto. Ela contou que também foi difícil achar um local para deixar o carro.

O empresário João Paulo Cruz, 38, disse que pagou R$ 50 a um flanelinha para estacionar o seu carro em um terreno próximo.

Por outro lado, torcedores que usaram o trem ou o metrô reclaram apenas da sinalização "precária" no entorno do estádio. "Vim bem rápido de trem. Mas não sabia direito por onde entrar. Segui o fluxo", afirmou o publicitário Rafael Senise, 29.

Nos arredores do Itaquerão ainda há tapumes, entulho e andaimes de construção --e o asfaltamento não foi totalmente concluído. Telefonia e internet funcionaram com oscilações.

Fios soltos, desnível no solo e falta de acabamento indicam que ainda há muito a ser feito até a Copa.

O primeiro jogo oficial no estádio será no próximo domingo contra o Figueirense, pelo Brasileiro. A abertura do Mundial será dia 12 de junho, entre Brasil e Croácia.


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