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Márcia Narloch e Vanderlei de Lima triunfam, garantem meta de dirigentes e ratificam tendência "queniana"
Ouros na maratona redimem o atletismo
DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO
A maratona salvou ontem o
atletismo brasileiro, que havia entrado no último dia de competições em Santo Domingo com
apenas uma medalha de ouro.
Mas Márcia Narloch, 34, e Vanderlei Cordeiro de Lima, 33, asseguraram mais dois ouros para o
Brasil -no final do dia, Hudson
de Souza, nos 1.500 m, ganharia
outro. Graças a eles, o país iniciou
sua escalada no quadro de medalhas, superando a Argentina.
"Foi ótimo, porque mantivemos a tradição", comemorou
Vanderlei, referindo-se ao fato de,
desde o Pan de 1987, o país ter
conseguido medalha na prova.
"Foi uma corrida muito difícil.
Todo mundo que chegou pode
ser considerado um herói", disse
o fundista, que passou mal após a
prova devido ao calor de 34C.
O ex-bóia-fria já fora ouro em
Winnipeg-99. Ontem, fez o tempo de 2h19min17s. Bruce Deacon
(CAN) ficou com a prata, seguido
por Diego Colorado (COL).
Márcia Narloch, por sua vez,
festejou muito por ter sido a primeira brasileira a vencer a maratona do Pan -ela fez o tempo de
2h39min53. Mariela Gonzalez
(Cuba) levou a prata, e Erika Oliveira (Chile) ficou com o bronze.
"Entrei para a história", disse ela.
Para a Confederação Brasileira
de Atletismo, os dois ouros na
maratona caíram como uma luva.
Antônio Fernandes, chefe da
delegação, dissera que, pelo plano
inicial, o país entraria no último
dia de provas com três ouros.
Contudo o único título até então
fora de Hudson, nos 5.000 m.
Além dos títulos nas provas de
fundo, o Brasil também conquistou medalhas em competições de
velocidade e de campo.
No revezamento 4 x 100 m, o
Brasil ficou com a prata, atrás dos
EUA. O time -formado por André Domingos, Claudinei Quirino, Edson Luciano e Vicente Lenilson- marcou 38s44. Trinidad
e Tobago ficou com o bronze.
Em outro revezamento, o 4 x
400 m, a equipe brasileira terminou em terceiro. Geisa Coutinho,
Christiane dos Santos, Lucimar
Teodoro e Josiane Tito fizeram o
tempo de 3min28s07. O ouro foi
para os EUA (3min26s40), e a prata ficou com a Jamaica.
Nos 110 m com barreiras, Márcio Simão foi bronze, com o tempo de 13s45. Redelen dos Santos
ficou em quarto lugar. Larry Wade (EUA) foi o campeão da prova.
No salto triplo, Jadel Gregório
ficou com a prata, com a marca de
17,03 m. O cubano Yoandry Betanzo terminou em primeiro lugar, com um salto de 17,26 m.
As medalhas de ontem confirmaram a tendência "queniana"
do Brasil no Pan. Além das maratonas, país ganhou outras sete
medalhas em provas de fundo ou
meio-fundo: ouro nos 5.000 m e
1.500 m, prata nos 10.000 m, 800
m e na marcha de 50 km e bronze
nos 800 m e 5.000 m. Em provas
de velocidade foram conquistadas uma prata e três bronzes. Já
em competições de campo, o Brasil ganhou apenas duas pratas.
(EDUARDO OHATA, GUILHERME ROSE GUINI E JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)
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