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São Paulo, domingo, 10 de agosto de 2003

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Márcia Narloch e Vanderlei de Lima triunfam, garantem meta de dirigentes e ratificam tendência "queniana"

Ouros na maratona redimem o atletismo

DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO

A maratona salvou ontem o atletismo brasileiro, que havia entrado no último dia de competições em Santo Domingo com apenas uma medalha de ouro.
Mas Márcia Narloch, 34, e Vanderlei Cordeiro de Lima, 33, asseguraram mais dois ouros para o Brasil -no final do dia, Hudson de Souza, nos 1.500 m, ganharia outro. Graças a eles, o país iniciou sua escalada no quadro de medalhas, superando a Argentina.
"Foi ótimo, porque mantivemos a tradição", comemorou Vanderlei, referindo-se ao fato de, desde o Pan de 1987, o país ter conseguido medalha na prova.
"Foi uma corrida muito difícil. Todo mundo que chegou pode ser considerado um herói", disse o fundista, que passou mal após a prova devido ao calor de 34C.
O ex-bóia-fria já fora ouro em Winnipeg-99. Ontem, fez o tempo de 2h19min17s. Bruce Deacon (CAN) ficou com a prata, seguido por Diego Colorado (COL).
Márcia Narloch, por sua vez, festejou muito por ter sido a primeira brasileira a vencer a maratona do Pan -ela fez o tempo de 2h39min53. Mariela Gonzalez (Cuba) levou a prata, e Erika Oliveira (Chile) ficou com o bronze. "Entrei para a história", disse ela.
Para a Confederação Brasileira de Atletismo, os dois ouros na maratona caíram como uma luva.
Antônio Fernandes, chefe da delegação, dissera que, pelo plano inicial, o país entraria no último dia de provas com três ouros. Contudo o único título até então fora de Hudson, nos 5.000 m.
Além dos títulos nas provas de fundo, o Brasil também conquistou medalhas em competições de velocidade e de campo.
No revezamento 4 x 100 m, o Brasil ficou com a prata, atrás dos EUA. O time -formado por André Domingos, Claudinei Quirino, Edson Luciano e Vicente Lenilson- marcou 38s44. Trinidad e Tobago ficou com o bronze.
Em outro revezamento, o 4 x 400 m, a equipe brasileira terminou em terceiro. Geisa Coutinho, Christiane dos Santos, Lucimar Teodoro e Josiane Tito fizeram o tempo de 3min28s07. O ouro foi para os EUA (3min26s40), e a prata ficou com a Jamaica.
Nos 110 m com barreiras, Márcio Simão foi bronze, com o tempo de 13s45. Redelen dos Santos ficou em quarto lugar. Larry Wade (EUA) foi o campeão da prova.
No salto triplo, Jadel Gregório ficou com a prata, com a marca de 17,03 m. O cubano Yoandry Betanzo terminou em primeiro lugar, com um salto de 17,26 m.
As medalhas de ontem confirmaram a tendência "queniana" do Brasil no Pan. Além das maratonas, país ganhou outras sete medalhas em provas de fundo ou meio-fundo: ouro nos 5.000 m e 1.500 m, prata nos 10.000 m, 800 m e na marcha de 50 km e bronze nos 800 m e 5.000 m. Em provas de velocidade foram conquistadas uma prata e três bronzes. Já em competições de campo, o Brasil ganhou apenas duas pratas. (EDUARDO OHATA, GUILHERME ROSE GUINI E JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)

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