|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Carlão é obrigado a deixar as quadras
DA REPORTAGEM LOCAL
O ponta Carlão está deixando o
vôlei de quadra. Uma hérnia de
disco impede o jogador de continuar atuando em pisos duros. "Eu
abandonei a seleção para tentar
me preparar para a Superliga, fiquei três meses treinando, mas
não foi possível", afirmou o jogador por telefone à Folha.
"Não adianta tomar uma decisão afobada. Eu cheguei a receber
uma proposta da Itália, mas não
dava para assumir um compromisso sem saber qual era minha
real condição de jogar."
Carlão revelou que recorreu a
vários médicos, fez diversos exames, mas sua contusão voltou a
incomodar, e o jogador decidiu
pelo abandono das quadras.
Ontem o atleta apresentou um
relatório para o Vasco -clube
com o qual tem contrato para jogar na quadra a temporada inteira- com todos os exames médicos que foram realizados e os respectivos diagnósticos.
"O Vasco vai convocar uma entrevista coletiva na segunda para
colocar a sua posição", ressaltou.
Carlão defendeu durante doze
anos a seleção brasileira adulta.
Nesse período, durante nove anos
foi o capitão da equipe. Já sentindo a contusão, decidiu não participar da Olimpíada para tentar se
preparar para a Superliga.
"Infelizmente não deu. Foram
três meses de treinamento intensivo, mas seria pior se eu tentasse
jogar a Superliga e a abandonasse
no meio do caminho", desabafou.
Segundo o jogador, seu futuro
depende da decisão do Vasco.
Uma solução seria o atleta atuar
no vôlei de praia. "Eu não sei o
que vou fazer. O meu contrato é
só para a quadra. O Vasco já tem
duplas formadas no vôlei de
praia. Mas a temporada está se
encerrando, então posso pensar
em jogar no ano que vem, para
matar a vontade", disse.
O piso de areia e a rotina de treinos e jogos menos desgastante
podem permitir que o atleta continue a jogar. "Se eu estiver sentindo uma necessidade de jogar,
poderei usar a areia como uma espécie de escape", afirmou o atleta,
que já atuou durante onze meses
no vôlei de praia.
Segundo Carlão, a intenção é
permanecer no vôlei. "De qualquer forma, ainda tenho muito a
contribuir, seja como jogador ou
em algum outro cargo."
(EB)
Texto Anterior: Vôlei: Bagunça e protestos abrem a Superliga Próximo Texto: Futsal: Goleador, Brasil pega o Egito no Mundial Índice
|