São Paulo, quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
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Emergentes entram na rota dos brasileiros

DE SÃO PAULO

Foi-se o tempo em que EUA, Canadá e Europa eram os únicos destinos procurados por brasileiros.
Atualmente, tem sido crescente a busca por cursos em países da América Latina, do leste europeu, além de África do Sul, China, Índia e Rússia.
De acordo com Samir Zaveri, coordenador do Salão do Estudante, feira que reúne instituições de dezenas de países duas vezes por ano, mais instituições de nações emergentes têm participado do evento a cada ano.
Nesta edição, a feira já esteve em Salvador, Rio, Belo Horizonte e São Paulo. Segue na quinta para Curitiba e, na sexta, para Florianópolis.
Apesar do interesse crescente, Zaveri afirma que, por enquanto, os brasileiros têm preferido fazer nesses países cursos mais curtos, em vez da graduação completa.
"É mais comum que fiquem de seis meses a um ano. Em três ou quatro anos, a perspectiva é que esses países passem a ser procurados para a graduação inteira."
Outra via que aproxima brasileiros de destinos menos comuns são convênios com instituições brasileiras.
Nesses casos, alunos de universidades públicas e privadas do país podem pleitear uma vaga mediante seleção interna, que costuma incluir análise curricular, entrevista e/ou prova.
A Unesp, por exemplo, enviou, no ano passado, 286 alunos de graduação para intercâmbio em países como China, Coreia e México.

INICIATIVA PRÓPRIA
Além da intermediação de agências de intercâmbio ou universidades, o fluxo de brasileiros para destinos incomuns tem aumentado também por iniciativa dos próprios alunos.
É o caso de Suellen Maia, 26, que passou seis meses em Uganda entre 2009 e 2010.
A jovem, que cursava o quarto ano de arquitetura na USP, fez contatos, se candidatou a um estágio, trancou a faculdade e foi estudar de perto a arquitetura social no país africano.
Por ter escolhido um caminho pouco usual, Suellen teve de tomar precauções a mais. Tomou 11 vacinas.
"A terceira dose de raiva, tomei no dia da viagem", conta Suellen, que, durante sua experiência, manteve um blog (www.sullmaia. blogspot.com) e, por isso, é procurada por brasileiros que escolhem a África para aperfeiçoar os estudos.


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