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TELEVISÃO
Crítica
"Cantando na Chuva" faz elogio do futuro
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Em caso de depressão, não
existe melhor filme do que
"Cantando na Chuva" (TCM,
22h; 12 anos), o euforizante
musical de Stanley Donen e
Gene Kelly.
Em caso de euforia, porém, o
longa-metragem continua sendo um ótimo filme.
Para quem gosta de cinema
em geral, por fim, trata-se de
um programa realmente incontornável.
Porque o autor do filme, a rigor, é seu produtor, Arthur
Freed. Freed foi compositor na
época dos primeiros musicais.
Depois, tornou-se o gênio por
excelência do gênero, o grande
produtor que juntou sob suas
asas, na Metro, de Minnelli a
Fred Astaire, de Cyd Charisse a
Judy Garland.
"Cantando na Chuva" é, em
grande medida, a história musical do cinema no momento
de sua passagem do mudo ao
sonoro, no fim dos anos 1920.
Faz uma homenagem a esses
tempos de certo modo heroicos, é verdade.
Mas é, sobretudo, um elogio
do progresso e do presente. Estávamos em 1950, por aí: o progresso era o máximo.
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