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Prefeitura quer reformar edifício, mas não tem verbas

Espaço projetado por Oscar Niemeyer precisa de reforços na estrutura de segurança para receber mostras com obras mais valiosas

DE SÃO PAULO

Embora tenha uma mostra marcada para o fim deste mês e vá ficar ocupada até setembro, o destino da Oca depois disso ainda é incerto. Um projeto de reforma para o espaço desenhado por Oscar Niemeyer acaba de ser descartado, e a prefeitura, dona do edifício no parque Ibirapuera, agora estuda alternativas.

Desde que passou por pequenas reformas estruturais no fim dos anos 1990, a Oca precisa de reforços em seus sistemas de segurança, como rotas de incêndio extras, além da única disponível hoje, para receber mostras maiores.

"Isso é uma exigência para que acervos significativos sejam apresentados lá", diz Afonso Luz, diretor do Museu da Cidade, órgão da Secretaria Municipal de Cultura responsável pela Oca e mais 15 centros culturais na cidade.

"Sem isso, as seguradoras não garantem apólices. É fundamental que lá seja um museu e não um salão de festas. Há anos que os eventos vêm destruindo esse edifício."

Paulo Mendes da Rocha, arquiteto que teve autorização de Niemeyer para realizar reformas no espaço, primeiro pensou num projeto com túneis subterrâneos, que ligariam o interior da Oca às ruas ao redor do parque Ibirapuera, mas descartou o plano por ser complexo demais.

Além da dificuldade, a secretaria da Cultura não tem verba para as reformas, orçadas em cerca de R$ 3 milhões.

E não é só a Oca que passa por dificuldades. Também no Ibirapuera, o Pavilhão das Culturas Brasileiras pode ser fechado por falta de verbas.

A Casa Modernista, a Casa Bandeirante e a galeria Formosa, outros espaços do Museu da Cidade, também estão fechados, enquanto a mostra do artista Iran do Espírito Santo, em cartaz na Capela do Morumbi, foi prorrogada duas vezes porque não há dinheiro para nova exposição.

Rodrigo Savazoni, chefe de gabinete do secretário municipal da Cultura, Juca Ferreira, reconhece a "extrema fragilidade institucional" do Museu da Cidade, crise agravada pelo congelamento de recursos da Cultura, cerca de R$ 50 milhões, desde o início da gestão do prefeito petista Fernando Haddad.

Outro problema é o fato de o Museu da Cidade não ter orçamento próprio e depender do Departamento do Patrimônio Histórico para funcionar. Segundo Savazoni, o prefeito estuda projetos que permitam que o museu tenha independência financeira.


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