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Roda morta

Ex-apresentador do 'Roda Viva', Paulo Markun grava 'Retrovisor', programa em que vai entrevistar personagens históricos interpretados por atores

DE SÃO PAULO

Entrevistar Anita Garibaldi sobre sua luta ao lado do marido, Giuseppe; o Barão de Mauá a respeito da falência que enfrentou ou saber o que movia Monteiro Lobato na campanha pelo petróleo nacional. Como estão todos mortos, uma maneira possível seria convocá-los numa mesa espírita.

O jornalista e escritor Paulo Markun pensou noutra solução: juntar história, jornalismo e teatro.

Daí nasceu "Retrovisor", um talk-show com personagens históricos que começa a ser gravado hoje, em São Paulo, e será exibido em 2014 pelo Canal Brasil.

"Minha motivação era fazer a entrevista impossível. Depois, surpreender o espectador com um recorte histórico e uma abordagem pouco conhecidos", disse Markun, que apresentou o "Roda Viva", na TV Cultura, entre 1998 e 2008.

NÃO TÃO ÓBVIOS

Já no primeiro corte, nomes como os de Getúlio Vargas e Tiradentes foram limados. Para o apresentador, o fato de terem tido vidas bastante escrutinadas tiraria qualquer surpresa do programa.

A lista final foi fechada com 13 notáveis, incluindo o escritor Euclydes da Cunha (1866-1909), o poeta e inconfidente mineiro Cláudio Manoel da Costa (1729-1789) e o líder do movimento integralista Plínio Salgado (1895-1975). O programa registra a atuação deles até os anos 1930, aproximadamente.

As entrevistas, gravadas no auditório da Biblioteca Mário de Andrade, se concentram em períodos ao mesmo tempo críticos para a vida dos personagens e de grande impacto para a história do Brasil.

PESQUISA

"Não me interessa saber de Euclydes da Cunha sobre a traição de sua mulher, mas as impressões dele sobre Canudos pouco antes de o povoado ser dizimado", justifica.

Para tanto, se deu uma longa pesquisa histórica e, na sequência, um trabalho de caracterização dos personagens, interpretados por atores.

"Eles trabalharam em cima de uma base historiográfica que os permitiu reproduzir o pensamento geral de cada personagem", conta Markun, responsável por jogar na conversa os dados históricos, deixando a fala dos atores mais livres e espontâneas, sem cara de aula de história dramatizada.

A primeira das entrevistadas é Anita Garibaldi (1821-1849). Ou melhor, a atriz Lucienne Guedes, caracterizada como a militante que atuou no Brasil e na Itália.

Antes de cada edição, um vídeo situa o entrevistado na história. O público também poderá fazer perguntas, desde que dentro do contexto apresentado.


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