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Televisão

Série sobre prostitutas de luxo estreia hoje

'O Negócio', da HBO, retrata garotas de programa que recorrem a estratégias empresariais para turbinar carreira

Em vez de fazer pesquisa de campo sobre o metiê, atrizes aprenderam alguns conceitos de marketing

JULIANA GRAGNANI DE SÃO PAULO

Para viver garotas de programa de luxo na televisão, as três atrizes brasileiras que protagonizam "O Negócio" não entraram em contato com prostitutas. O objetivo, segundo os produtores da série, foi criar as personagens "de dentro para fora".

"Não quisemos representar estereótipos da prostituição. As prostitutas de classe alta são iguais a quaisquer outras garotas", diz Luca Paiva Mello, criador da série.

O programa, que estreia hoje no canal pago HBO, narra a história de três garotas que decidem recorrer a estratégias de marketing para revitalizar a carreira e se desvincular de cafetões.

"Nós fizemos pesquisa sobre o universo de luxo para falar com propriedade. Conversamos com meninas, agenciadores e consumidores para ter material dramatúrgico. Só não queríamos esse olhar na atuação", diz Mello.

"As atrizes nos perguntaram se poderiam falar com as meninas com as quais conversamos, mas dissemos a elas que a pesquisa tinha sido feita apenas para o desenvolvimento da história. Os trejeitos das garotas de programa eram secundários e indesejados", afirma Michel Tikhomiroff, diretor de "O Negócio".

"Nem sempre a pesquisa é tão importante assim. Como é que faríamos se as personagens fossem zumbis? Não queremos ser documentaristas ou realistas", afirma Roberto Rios, vice-presidente das produções originais latinas da HBO.

Se fossem procuradas, as prostitutas de luxo não falariam com as atrizes, segundo uma delas, Michelle Batista: "São pessoas de um universo tão exclusivo, tão elitistas, que não valeria a procura".

A atriz Juliana Schalch, que faz o papel de Luna, uma garota de programa em busca de um marido milionário, disse se inspirar na personagem da atriz Natalie Portman no filme "Closer" (2004) para sua interpretação.

Mas, para viver as personagens, as atrizes aprenderam conceitos de marketing.

Em uma cena, um cliente diz a Karin, interpretada por Rafaela Mandelli, que quando o mundo de negócios vai mal, os trabalhadores gastam com entretenimento. E ela cria uma promoção: quanto mais dinheiro for perdido na Bolsa de Valores, maior será o desconto para empresários em uma casa de prostituição.

Para Roberto Rios, há uma ironia no uso da propaganda para promover o mundo do sexo. "O marketing sempre usou o sexo como ferramenta. Agora é a revanche do sexo", diz.


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