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Espaço vizinho a projeto sustentável é vital para conceito

Empreendimentos devem privilegiar pedestres e transporte público --ponto frágil de projetos no Brasil

Urbanista ressalta necessidade de mix de classes em projetos; preço de imóveis pode ser uma barreira

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Diferentemente de prédios sustentáveis isolados, a ideia de bairros sustentáveis inclui a preocupação com o espaço no entorno dos edifícios.

Os dois projetos brasileiros que participam do Climate Positive Development Program buscam a certificação Leed Neighborhood Development (Desenvolvimento de Bairros, na sigla em inglês), fornecida pelo GBC (Green Building Council).

Segundo Maria Carolina Fujihara, coordenadora da entidade, para conseguir essa certificação o empreendimento precisa dar prioridade ao deslocamento de pedestres ou bicicletas e incentivar o uso do transporte público.

Em relação ao Parque da Cidade, Paulo Aridan Mingione, da Odebrecht, aponta a proximidade do empreendimento à linha 19-esmeralda da CPTM, à futura extensão da linha 5-lilás do metrô e também do futuro monotrilho da linha 17-ouro. A previsão da construtora é começar a vender unidades residenciais em 18 meses e entregar todo o projeto em até dez anos.

"Nossa ideia também é facilitar e estimular, por meio de uma rede interna do condomínio, as caronas entre os moradores."

O empreendimento prevê 8.000 vagas para veículos. O impacto desse e de outros projetos na região para o trânsito da cidade ainda é analisado pelo Ministério Público.

SOCIAL

Em Palhoça, Marcelo Gomes, do Grupo Pedra Branca, diz que há transporte no bairro e as ruas dão preferência para bicicletas e pedestres. Porém a moradora Heloisa Hilda Coelho reclama: "Ainda temos um problema de mobilidade para fora do bairro".

O condomínio está a 18 km do centro de Florianópolis, destino comum de moradores. Segundo Gomes, está prevista a construção de um terminal de ônibus no bairro.

O projeto todo deve estar concluído em 15 anos. Ao final deste período, a expectativa é que tenha 40 mil moradores e 30 mil trabalhadores na área.

A questão social é outro ponto importante quando se fala em sustentabilidade na cidade, segundo o urbanista e vereador de São Paulo Nabil Bonduki (PT). "Se quiser ter um empreendimento realmente sustentável, é preciso ter mistura de classes, para que as pessoas morem mais perto de onde trabalham."

Essa é a parte em que as experiências brasileiras parecem ter avançado menos. No projeto paulistano, as unidades comerciais já vendidas saíram por uma média de R$ 14.000 o metro quadrado. Neste preço, um imóvel de 50 m² sai por R$ 750 mil. Em SC, as unidades custam de R$ 200 mil a mais de R$ 1,5 milhão.

Os responsáveis pelos dois casos afirmam que a questão social é contemplada, especialmente pelos equipamentos públicos dos bairros, que serão acessíveis a todos.

Gomes, do grupo Pedra Branca, diz que ao redor do bairro existem imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida, voltados para classes mais baixas.

Segundo ele, a intenção é que esses moradores usufruam e deem vida ao Pedra Branca. "A infraestrutura que estamos construindo não é só para o morador, é para o entorno."


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