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'Consumidor precisa gastar mais agora para economizar depois'

Para escocês, espaço público tem papel fundamental em projetos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O arquiteto escocês David Sim, especialista em desenvolvimento urbano, defende que os conceitos de sustentabilidade sejam aplicados no planejamento das cidades.

Sócio do escritório dinamarquês Gehl Arquitetos, fundado por Jan Gehl, grande defensor de pedestres e ciclistas nas cidades, Sim estará no Brasil no final deste mês para conferência do Greenbuilding Brasil (www.expogbcbrasil.org.br).

Confira os principais trechos da entrevista por e-mail.

Folha - Qual a importância de pensar em sustentabilidade no planejamento das cidades?

David Sim - Temos que pensar em sustentabilidade não só em termos de meio ambiente, mas da sociedade. Até agora, a maior parte da discussão tem sido sobre o consumo e a economia de energia. Planejamento sustentável também é a criação de uma plataforma que permita que as pessoas tenham uma melhor qualidade de vida, utilizando o menor número de recursos possível. O espaço público é um fator importante para a sustentabilidade, porque é usado por todos.

Qual é o papel do setor empresarial nisso?

Um aspecto fundamental para construir cidades sustentáveis é o investimento de longo prazo. É preciso ter paciência. O setor empresarial precisa construir lugares que serão úteis e atraentes no futuro. No Brasil, a maioria dos edifícios que buscam certificação são comerciais. O setor residencial está distante disso. A certificação ainda é apenas um meio para um fim.

O que falta para que seja para valer?

A certificação em si não é o que faz uma sociedade sustentável. O mais importante é que os compradores vejam valor em um melhor desempenho, uma melhor localização. Quem compra um imóvel residencial deve compreender que uma casa sustentável gera economia de dinheiro.

Mas o "selo sustentável" encarece os imóveis de 2% a 7%, dizem pesquisas.

Eles vão usar menos energia todos os dias, seja porque a casa foi melhor concebida, poupando no aquecimento ou no resfriamento, seja porque os materiais duram mais, ou o imóvel permite fazer tudo sem carro. Os consumidores precisam aprender a gastar mais agora para economizar no futuro.


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