São Paulo, quarta-feira, 10 de junho de 2009

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Indústria do livro debate de modo acalorado edições eletrônicas

DO "NEW YORK TIMES"

A indústria editorial é famosa por aderir à moda: veja a inundação de imitações de "O Código Da Vinci" há poucos anos e, hoje, os livros com vampiros. Por isso, não há surpresa que, na BookExpo America, uma grande feira que acabou na semana passada, em Nova York, editoras tenham dado sua colaboração à frenética conversa sobre livros eletrônicos que tomou o negócio.
Houve vários painéis dedicados ao tema. A jornalista Tina Brown deu o pontapé inicial em um debate com os chefes de quatro editoras perguntando se eles ficaram chocados quando a Amazon.com começou a cobrar pelos e-livros US$ 9,99, "essa soma deplorável".
Enquanto isso, uma empresa britânica que introduzia seu novo leitor eletrônico Cool-er patrocinou um estande em que duas loiras em roupas curtas distribuíam drinques.
Mas, até agora, e-livros representam entre 1% e 3% das vendas totais. Porém eles são a parte da indústria de mais rápido crescimento, e editoras, autores e vendedores não têm ideia de quão grande eles vão se tornar e como eles podem afetar os lucros e os hábitos de leitura no futuro.
Inevitavelmente há reações. Em um painel de autores que falavam para vendedores independentes, Sherman Alexie, que já ganhou um National Book Award, disse que se recusou a permitir que seu romance fosse vendido no formato digital. Ele chamou os dispositivos móveis de leitura de "elitistas" e contou que, quando viu uma mulher sentada no avião com um Kindle (leitor da Amazon), quis "bater nela".


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