São Paulo, domingo, 05 de janeiro de 2003

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ET + CETERA

A missão de Catherine Clément
Na esteira da nova onda moralista na França, com proibição, no final de 2002, da exibição de filmes pornográficos na TV, o relatório sobre a televisão pública encomendado pelo ministro da Cultura Jean-Jacques Aillagon à escritora francesa, entregue em dezembro, resultou sóbrio. Clément recomenda a inclusão do serviço público audiovisual na Constituição, emissões culturais menos em horários tardios e a criação de um posto de diretor de artes e cultura na France Télévisions.

O mal-estar da secularização
A repressão aos instintos gera mal-estar na civilização, disse Freud. Mas, como um carrasco transformado em vítima, a religião se tornou nas "secularizadas" sociedades atuais o que o sexo era para os vitorianos: um impulso natural recalcado, condenado a "retornar" sob formas truculentas e rancorosas. A tese é sustentada por John Gray em artigo na "New Statesman". Gray é professor de pensamento europeu na London School of Economics e autor de "Isaiah Berlin" (Difel).

A nova ordem linguístico-sexual
"A mais chocante diferença entre os campi de hoje em relação aos de 20 anos atrás está na natureza e no caráter das estudantes." A tese é do ensaísta David Brooks, em artigo na "Weekly Standard". À luz de recentes visitas aos "colleges" de Princeton e Yale, entre outros, o editor sênior da revista observa uma inédita "autoconfiança" das universitárias, refletida sobretudo no modo cru _antes típico dos garotos_ com que falam de experiências sexuais "sem compromisso".



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