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Análise

Criar planos tem glamour, mas é a execução que melhora ensino

PRISCILA CRUZ ESPECIAL PARA A FOLHA

Certamente precisamos avançar no financiamento da educação no Brasil, pois o investimento por aluno é baixo se comparado com outros países. Mas não existe solução simples para problemas complexos, como a educação.

Assim, é preciso que exista uma articulação de políticas, sem remendos temporários, com soluções estruturantes. Quando falamos em investimento, é preciso falar também, necessariamente, de gestão e de como as políticas são implementadas.

Existe, em geral, uma glamorização muito maior da concepção das políticas, dos debates públicos e das defesas ideológicas acaloradas do que da execução diária, do desdobramento dos processos e da rotina de execução.

É preciso valorizar a excelência da implementação --planos, por melhores que sejam, só têm resultados se bem implementados. Isso explica por que municípios com gastos semelhantes por aluno têm resultados tão diferentes.

Boa gestão significa fazer boas escolhas. Uma escolha imperativa é focar os professores. Um bom professor é o melhor começo. O bom professor é o fator isolado com o maior potencial de aumentar a qualidade da educação.

Assim, para que o aumento dos recursos na educação proveniente dos royalties do petróleo não se perca em políticas desfocadas, melhor seria direcioná-lo ao professor.

Um professor que passar a ganhar mais automaticamente dará melhores aulas? Dificilmente. Mas, se quisermos dar um passo efetivo para melhorar a atratividade da carreira docente, especialmente entre os melhores alunos do ensino médio, precisamos fazê-lo o mais rápido possível.

Isso porque, além da desvalorização da carreira, em muitas áreas e há muito tempo, há grave escassez de professores, notadamente em exatas.

É preciso ainda enfrentar remunerar mais professores que faltam menos, que se esforçam, preparam as aulas e não deixam alunos para trás.

Mais remuneração e valorização social devem ser acompanhadas de mais resultados. E resultados para os alunos. Não podemos esquecer que é para isso que políticas educacionais existem.


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