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País em prostesto

Protestos e grandes eventos agitam o mercado de seguros

Empresas do setor de transportes, hotéis, restaurantes, aeroportos e varejistas estão entre os principais clientes

No caso de proteção contra tumultos e arrastões, seguradoras identificam aumento na procura em SP, RJ e RS

CLAUDIA ROLLI DE SÃO PAULO

Os protestos que têm acontecido de norte a sul nas últimas semanas acenderam uma luz amarela para riscos que podem ocorrer no país, o que já tem impacto em um mercado em expansão no Brasil: o de seguros.

Indústrias de pequeno e médio porte, varejistas e empresas do setor de serviços (restaurantes e hotéis) são as que mais buscam serviços e informações sobre como se proteger de tumultos a arrastões, segundo cinco empresas que atuam nesse ramo.

Com os eventos internacionais que ocorrerão até 2016, como a vinda do papa ao Rio em pouco menos de um mês, a Copa do Mundo e a Olimpíada, o mercado abre espaço para um novo tipo de seguro: contra o terrorismo.

Há dez dias a AIG começou a vender um seguro que cobre danos causados por atos terroristas com uma capacidade de cobertura de R$ 200 milhões e possibilidade de chegar a R$ 500 milhões. Empresas de transporte, hotéis, restaurantes e aeroportos são alguns dos que já estão atrás desse seguro, segundo a Folha apurou. Nomes e valores são mantidos sob sigilo.

"Apesar de o risco de ataques desse tipo no Brasil ser considerado baixo, falta ainda uma cultura antiterrorista. O que notamos é um aumento na demanda por esse tipo de serviço nos últimos seis meses", diz Keith Martin, analista da Aon Brasil, especializada em riscos de terrorismo.

Segundo o especialista, as empresas mais vulneráveis são as responsáveis por projetos de infraestrutura, área estratégica do país.

Desde 2003, a Aon Risk Solutions (divisão de riscos e seguros do grupo) mapeia o risco de terrorismo no mundo. No mapa deste ano, obtido com exclusividade pela Folha, 44% dos 200 países avaliados apresentam risco de sofrerem ataques terroristas.

GOLPE DE ESTADO

O estudo considera uma escala de cinco níveis, de irrelevante a grave, e baseia-se em acontecimentos que já ocorreram (atos de terrorismo, violência política, golpes de Estado etc.), na avaliação de um painel de especialistas e com o preço dos seguros vendidos nesses territórios.

O Brasil aparece com a mesma classificação dos EUA, mas por razões distintas, e de países como Cuba, Costa Rica e Panamá.

"Os EUA são alvo de ataques e estão preparados para combatê-los. Lá existe a cultura antiterrorismo. O Brasil não é alvo, mas também não está preparado. Outro fator que se considera são os preços dos seguros vendidos nos dois países", diz Martin.


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