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Eike renegocia dívida com fundo árabe e paga US$ 500 milhões

Empresário reduziu seu débito com grupo de Abu Dhabi, de US$ 2 bilhões para US$ 1,5 bilhão

Bradesco e Itaú também são credores; Eike se desfaz de mais ações da petroleira OGX, em operação de R$ 75,4 mi

RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO DENISE LUNA DO RIO

Eike Batista pagou US$ 500 milhões ao fundo árabe Mubadala, reduzindo sua dívida com ele de cerca de US$ 2 bilhões para US$ 1,5 bilhão, conforme apurou a Folha.

O Mubadala, empresa de desenvolvimento e investimento estratégico do governo de Abu Dhabi, é um dos principais credores de Eike na holding que administra sua participação nas empresas do grupo X, a Centennial.

Ao quitar parte do débito, os negociadores de Eike alongaram a dívida e reduziram seu custo. O prazo de pagamento do restante é sete anos.

O empresário também ficou livre da chamada "margem de garantia", um valor que o devedor é obrigado a depositar para garantir o pagamento da dívida principal.

Eike vinha tentando levantar recursos para solucionar a situação com o Mubadala e pagar a seus outros credores na holding, Bradesco e Itaú. A dívida com os dois bancos somada chega a US$ 1 bilhão.

O plano é vender sua participação nas empresas mais saudáveis, a MPX (termelétrica) e a MMX (mineradora), e pagar aos credores. Em março, Eike já tinha vendido 24,5% de suas ações na MPX para a E.ON por R$ 1,5 bilhão.

Em abril do ano passado, o grupo EBX anunciou que Mubadala estava fazendo um "investimento" de US$ 2 bilhões em troca de uma participação acionária de 5,63% na Centennial Asset Brasil.

A operação, na verdade, foi um empréstimo, que ganha o nome técnico de "investimento estruturado como dívida". Também previa o depósito da "margem de garantia", o que aumentava a pressão sobre o empresário.

Em comunicado ontem, a EBX anunciou que "finalizou com sucesso a reestruturação dos termos e condições do acordo fechado em abril".

Procurada, a empresa não quis detalhar a operação.

EIKE VENDE MAIS AÇÕES

Eike voltou a reduzir sua participação na petroleira OGX. Segundo formulário enviado à CVM, foram vendidos 56,17 milhões de papéis entre 7 e 13 de junho, em operações que movimentaram R$ 75,4 milhões. Sua fatia na empresa caiu de 58,9% para 57,2%.

Em maio, Eike já havia vendido 70,5 milhões de papéis.


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