Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Exportação de suco de laranja sobe, mas setor quer estímulo ao consumo

O Brasil encerrou o primeiro semestre com uma leve alta nas exportações de suco de laranja. Dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) mostram crescimento de 2,2% nas receitas com os embarques, para US$ 1,15 bilhão.

Em um cenário de retração no consumo mundial, não é um dado desprezível.

Além disso, mostra o fim da crise provocada pela descoberta do fungicida carbendazim --proibido pelos EUA-- em cargas enviadas àquele país, no ano passado.

O episódio gerou barreiras temporárias às exportações em 2012. Já no primeiro semestre deste ano, o valor exportado aos EUA --terceiro principal comprador do suco brasileiro-- subiu 175%.

Os estoques, porém, continuam altos. Segundo estimativas de mercado, aproximam-se de 700 mil toneladas, o equivalente a oito meses de consumo. Apesar de já terem caído do pico de 1 milhão de toneladas em dezembro, estão longe do confortável.

O quadro reflete nos preços pagos pela laranja. Segundo Marco Antonio dos Santos, presidente da câmara setorial da citricultura, os produtores estão recebendo de R$ 6 a R$ 7 por caixa de 40,8 quilos --valores abaixo do custo de produção.

A esperança do setor era renovar a política de preço mínimo para a laranja, fixado em R$ 10,10 por caixa, neste ano, além da promoção de leilões para equalizar os preços ao produtor. Nenhum pedido foi atendido.

Ontem, o setor teve mais uma derrota. A presidente Dilma Rousseff vetou a inclusão do suco de laranja 100% natural na lista de produtos beneficiados pela desoneração da cesta básica. A medida era uma das apostas para aumentar o consumo.

Potencial A desoneração do suco de laranja natural teria potencial para elevar a demanda em 100 milhões de litros no primeiro ano em vigor, diz Marco Antonio dos Santos, da câmara setorial da citricultura. Hoje, a demanda é de 15 milhões de litros.

Preço Santos afirma que, com a isenção tributária, seria possível oferecer o suco 100% natural por cerca de R$ 4 o litro no varejo.

Nova alta O preço do boi gordo voltou a subir ontem em São Paulo. A arroba foi negociada a R$ 102,50, em média, segundo a Informa Economics FNP. A valorização chega a 2,5% em julho.

Em queda O volume de cana processado no Centro-Sul caiu 17,5% na segunda quinzena de julho, em relação à anterior, para 29 milhões de toneladas. Em comparação com igual período de 2012, a queda é de 8%.

Motivo As chuvas do mês passado impediram a colheita em algumas regiões produtoras, informou a Unica (União da Indústria da Cana).

Hong Kong lidera compras de carne suína brasileira

As barreiras impostas por Rússia e Ucrânia à carne suína brasileira colocaram Hong Kong na liderança das importações no primeiro semestre.

Com alta de 12% nas compras, a região administrativa especial chinesa respondeu por 33% das exportações brasileiras de suínos, em valor, no período, segundo a Secex.

Até junho, os embarques de suínos totalizaram US$ 731 milhões, queda de 4%.

Depois das barreiras sanitárias russas, em 2011, a Ucrânia passou a liderar as compras de suínos do Brasil, em volume. Fechado em março, o mercado ucraniano foi reaberto em junho, gerando expectativas de recuperação.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página