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Abilio chama ex-presidente do Pão de Açúcar para comandar BRF

Conhecido por reestruturar empresas e cortar custos, Claudio Galeazzi pode ser anunciado amanhã

Mudança é a primeira de relevância desde que Abilio passou a presidir o conselho da gigante de alimentos

RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO

O consultor Claudio Galeazzi deve ser o próximo presidente global da BRF, empresa resultante da fusão entre Sadia e Perdigão. Ele será indicado para substituir o atual presidente-executivo, José Antônio do Prado Fay.

A troca de cadeiras é a primeira mudança relevante promovida pelo empresário Abilio Diniz, que chegou à presidência do conselho da companhia em abril e também preside o conselho do Pão de Açúcar.

O nome de Galeazzi será avaliado pelo conselho da BRF em reunião extraordinária hoje à noite e, se aprovado, pode ser anunciado ao mercado amanhã.

Segundo a Folha apurou, Galeazzi chega à companhia por um período "não muito longo", que pode variar de "dois a cinco anos", com o objetivo de "formar lideranças" e colocar a empresa "no rumo certo".

O consultor é conhecido por reestruturar companhias e promover significativos cortes de custo. Ele presidiu, por exemplo, Cecrisa, Lojas Americanas e Pão de Açúcar --de onde vem seu relacionamento com Abilio.

Pessoas próximas à companhia relataram à reportagem que não é esperada uma "reviravolta" na BRF, mas pode haver algum enxugamento no setor de vendas. A área comercial hoje é dividida por marcas e deve passar a ser focada no cliente.

A chegada de Galeazzi faz parte de uma mudança na estrutura da empresa, que vem sendo acompanhada de perto pelo conselho por meio de um grupo formado por Diniz, Pedro de Andrade Faria (Tarpon), Sérgio Rosa (Previ) e Walter Fontana (da família fundadora da Sadia).

Além da presidência global, a ser ocupada por Galeazzi, a BRF vai ganhar um presidente de mercado interno e um presidente internacional. Mas ainda não há nomes definidos para essas vagas.

Na sexta-feira, dois vice-presidentes fizeram um acordo para sair da empresa: José Eduardo Cabral, de mercado interno, e Wilson Mello, de assuntos corporativos.

A consultoria de Galeazzi vinha fazendo um "pente-fino" na BRF, a pedido de Abilio, para determinar o que a empresa poderia fazer para dar um retorno mais alto.

A percepção dos acionistas era que os ganhos da fusão entre Sadia e Perdigão não vinham sendo capturados.

Foi essa insatisfação que motivou a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) e o fundo privado Tarpon a promover a troca de Nildemar Seeches (que comandou a Perdigão) por Diniz na presidência do conselho de administração, em abril.


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