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México quer fim do monopólio do petróleo
Proposta do governo, que precisa de aprovação do Congresso, prevê entrada de empresas estrangeiras após 75 anos
Com reservas de óleo inferiores às do Brasil, país precisa hoje até importar parte da gasolina que consome
O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, apresentou ontem projeto que prevê a abertura do setor de petróleo e gás para o setor privado, no que pode ser o fim do monopólio de 75 anos da estatal Pemex.
A proposta, que precisa ser aprovada pelo Congresso, é considerada o principal ponto das reformas propostas pelo mexicano e a mudança mais profunda na economia desde a entrada no país no Nafta (tratado de livre comércio com Canadá e EUA).
"O México tem uma oportunidade histórica", disse o presidente, que assumiu o poder no fim de 2012. "Essa reforma profunda pode elevar os padrões de vida de todos os mexicanos."
O México foi o primeiro grande produtor de petróleo a nacionalizar o setor, em 1938, e suas leis sobre o setor são consideradas uma das mais duras do mundo.
Com o projeto, a expectativa é que grandes produtores como ExxonMobil, Shell e Chevron entrem no país, investindo bilhões de dólares.
Enfrentando dificuldades para conseguir novas reservas, as companhias do setor têm no México um mercado muito atraente.
Segundo estimativas da Pemex, o país tem reservas de 115 bilhões de barris de petróleo equivalente, uma das maiores do mundo, superiores às do Kuait.
Mas, de acordo com estudo da petroleira BP, as reservas comprovadas de petróleo eram em 2012 de 11,4 bilhões de barris, inferiores às do Brasil (15 bilhões). O México precisa hoje até importar parte da gasolina que consome.