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Inadimplência cai e crédito aumenta no BB

Inflado por abertura de capital da BB Seguridade, lucro atinge R$ 7,5 bi no 2º trimestre e é o maior da história do setor

Banco eleva previsão para alta do crédito e reduz calote para menor patamar em 11 anos; analista questiona dado

TONI SCIARRETTA ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

Erraram os analistas que apostavam na alta da inadimplência do Banco do Brasil como resultado de uma política arriscada de concessão de crédito em um momento de desaceleração econômica.

O banco estatal não só conseguiu derrubar a inadimplência para 1,87%, menor patamar em 11 anos, como elevou a previsão de expansão do crédito em 2013.

Enquanto os bancos privados preveem crescimento dos empréstimos de no máximo 13% neste ano, o BB espera evolução entre 17% e 21% (antes, era entre 16% e 20%).

Até o segundo trimestre, o banco já entregou um incremento anual de 25,8%, o segundo maior depois da rival estatal Caixa, que vinha crescendo 43% até o primeiro trimestre. O balanço da instituição sai amanhã.

"A gente está vendo uma grande oportunidade de expansão, enquanto o mercado recua. Trabalhamos com prudência, temos crescido de forma sustentável e com níveis de inadimplência cada vez menores", disse Aldemir Bendine, presidente do BB.

Há no mercado, porém, quem desconfie. "Não tem como um banco que tem crédito rural elevado e não tem um sistema tão mais evoluído ter uma inadimplência menor", diz Erivelto Martins, presidente da Austin Ratings. "Deve estar havendo uma renegociação de crédito", disse.

RESULTADO INFLADO

Maior instituição financeira do país, o BB teve lucro líquido recorde de R$ 7,472 bilhões no segundo trimestre --R$ 10 bilhões no semestre, o maior já apurado pelos banco, segundo a Economatica.

O resultado foi inflado pela venda de 30% das ações da BB Seguridade, que em abril fez a maior abertura de capital do mundo em 2013, trazendo R$ 9,8 bilhões ao banco.

Sem a BB Seguridade e demais eventos extraordinários, o lucro cai para R$ 2,634 bilhões --12,4% menos do que no mesmo período de 2012 e abaixo de Bradesco e Itaú.

O lucro recorrente menor é resultado de margens mais apertadas de ganho com empréstimos no BB, que implementa a política de juros menores de Dilma Rousseff.

Apesar do crescimento de 25,8% no crédito, a receita com empréstimos ficou estável, passando de R$ 11,611 bilhões para R$ 11,691 bilhões, entre o 2º trimestre de 2012 e o mesmo período de 2013.


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