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Avanço da indústria indica que recessão europeia chegou ao fim

Setor tem, em junho, o maior crescimento em mais de dois anos e meio, puxado pela Alemanha

PIB do 2º tri da zona do euro será conhecido hoje e analistas estimam avanço de 0,2%, a primeira alta desde 2011

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A produção industrial da zona do euro (bloco de 17 países que adotam a moeda única europeia) teve em junho o maior crescimento em mais de dois anos e meio, em um sinal de que chegou ao fim a retração econômica que dura seis trimestres.

A indústria se expandiu em 0,7% na comparação com maio (quando houve queda de 0,2%). Apesar da aceleração, o resultado foi inferior ao esperado --analistas estimavam alta de 1%.

O resultado mostrou um ritmo diferente entre as grandes economias da região. A produção industrial da líder Alemanha cresceu 2,5% e puxou o restante da região, enquanto na França, a segunda maior economia do bloco, ela encolheu 1,5%.

As indústrias da Espanha, da Holanda e de Portugal também tiveram retração em junho. Na Itália, na Grécia e na Irlanda, houve expansão.

O indicador industrial é mais um dado que aponta que o PIB da zona do euro (que será divulgado hoje) voltou a crescer no período de abril a junho, a primeira expansão desde o terceiro trimestre de 2011.

A retomada do avanço do PIB, se confirmada, interromperá o período mais longo de recessão desde a criação do bloco, em 1999. São 18 meses (ou seis trimestres) consecutivos de contração da economia, resultado que supera até mesmo o do ciclo 2008-2009, no auge da crise global. Naquela época foram cinco trimestres seguidos de retração, mas de modo mais intenso (considera-se recessão dois trimestres consecutivos de retração econômica).

A pior queda no atual ciclo foi de 0,6%, no fim do ano passado. Em 2009, a economia chegou a encolher 2,8%.

Apesar dos sinais de melhora, a expectativa é de um crescimento fraco --a estimativa de analistas é de um avanço de 0,2% em relação aos três primeiros meses deste ano--, abaixo do de outros países ricos.

O Japão e o Reino Unido cresceram 0,6% no segundo trimestre, e os EUA, 0,4%.

Além disso, espera-se que o PIB mostre um resultado similar ao da produção industrial, com crescimento alemão mais forte, destoando dos demais membros do bloco.

A economia da região sofre com as medidas de austeridade, adotadas para conter o avanço da dívida pública, e a desaceleração dos países emergentes, o que diminui as oportunidades para o setor exportador europeu.

O fim da recessão europeia reduz as chances de o BCE (Banco Central Europeu) aumentar os seus estímulos para a economia, mesmo que a inflação esteja abaixo da meta do organismo, 2% ao ano.

A taxa de juros da região foi mantida em 0,5% pelo BCE na sua mais recente reunião, em julho. Na ocasião, Mario Draghi, o presidente do órgão, indicou que um novo corte não está sendo estudado.

Ele disse que, "por todos os ângulos", a economia está melhor que há um ano, mas a retomada será "lenta".


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