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Aviso sobre trem-bala foi ignorado, diz TCU

Presidente do Tribunal de Contas da União afirma que apontou falhas que poderiam levar a fracasso do projeto

Para Augusto Nardes, falta capacidade gerencial ao governo, o que afeta investimentos públicos no país

FERNANDO RODRIGUES DE BRASÍLIA

O presidente do Tribunal de Contas da União, Augusto Nardes, disse ontem que "o principal erro" do governo Dilma na formatação do trem-bala entre São Paulo e Rio foi não ter preparado "uma proposta mais estudada, mais planejada, no início do processo".

A obra foi adiada pela terceira vez nesta semana.

Nardes falou à Folha e ao UOL. Ele foi o relator da primeira proposta do trem-bala e diz ter apontado "onde estavam os erros" para o governo. Mas o projeto nunca se tornou atraente para as empresas e está sendo sucessivamente postergado.

"O projeto é muito grande. Onde há obras desse porte, se o Estado não aportar, ele é deficitário. As empresas não estão querendo participar. As empresas querem ganhar, querem ter lucro", diz o presidente do TCU.

Na entrevista, Nardes apresentou um estudo sobre as fragilidades gerenciais na execução dos investimentos federais no país. Diz ter mostrado os dados ao governo e proposto parceria para melhorar a governança do país.

Para o presidente do TCU, a baixa capacidade gerencial do governo ao executar obras está relacionada à demanda dos manifestantes que foram às ruas protestar em junho passado.

Sobre o chamado Orçamento impositivo, na avaliação do ministro do TCU, o efeito pode ser o de diminuir a aplicação global dos recursos públicos, pois só as cidades escolhidas por deputados e senadores para ter verbas garantirão o recebimento de dinheiro de Brasília.

Por causa dos diversos atrasos, o projeto de transposição das águas do rio São Francisco pode não ficar pronto no prazo anunciado, em 2015 --mesmo depois de o preço já ter dobrado, passando de R$ 8 bilhões.

Nardes se diz preocupado em dar mais transparência ao TCU. Uma das medidas que vai tomar, a partir da semana que vem, é abrir todos os dados sobre viagens de ministros e funcionários do órgão.

Assista à entrevista e leia a íntegra
folha.com/no1326599


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