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Preocupação do BC com a taxa de câmbio se acentuou em junho

Número de intervenções para conter dólar disparou naquele mês

Copom eleva cotação da moeda americana no cenário de referência em 10% em três meses; Selic deve voltar a 9%

DE BRASÍLIA

A mudança no ritmo de atuação do Banco Central no mercado de câmbio em junho foi um dos primeiros sinais concretos da preocupação do governo com a cotação do dólar e seus efeitos na inflação.

Para atenuar a flutuação da moeda norte-americana, o BC atuou 25 vezes naquele mês. De janeiro a maio, foram apenas seis operações.

Em julho, a preocupação foi descrita em detalhes na ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Os diretores do BC deixaram claro que a desvalorização do real causa uma forte pressão inflacionária no curto prazo e pode, se não for combatida, gerar mais inflação em 2014.

O aumento da taxa básica de juros pode limitar os efeitos dessa desvalorização sobre os índices de preços, além de funcionar como uma espécie de atrativo para a entrada de dólares no país.

Na reunião do mês passado, o Copom elevou a taxa Selic para 8,5% ao ano. Na próxima, no fim deste mês, a aposta é que ela chegue a 9% para tentar coibir repasses da desvalorização cambial para os preços.

Entre as reuniões de maio e julho do Copom, os diretores do BC mudaram drasticamente a estimativa para a cotação da moeda americana usada em seus cálculos.

Há três meses, o dólar usado no chamado cenário de referência do comitê estava em R$ 2,05. Em julho, esse valor subiu para R$ 2,25.

ESTADOS

Além da revisão das restrições à entrada de dólares no país e da elevação da Selic, alguns integrantes da equipe econômica consideram que a autorização dada pelo Tesouro Nacional para os Estados captarem recursos no exterior contribuiu para suavizar o impacto da alta do dólar.

Mas essa opinião não é consensual. Dentro do próprio governo teme-se que uma alta ainda mais forte do dólar crie dificuldades financeiras para os governadores pagarem seus débitos.

Uma das incógnitas que mais preocupam integrantes da equipe econômica é o que acontecerá com os juros dos papéis do Tesouro dos EUA.

Esses títulos são considerados uma espécie de porto seguro pelos investidores.

Mudanças na política do Fed (o BC dos EUA) podem elevar o rendimento dos papéis e, consequentemente, gerar uma onda de migração de recursos de mercados como o brasileiro para o americano, aumentando, assim, a escassez de dólares no Brasil.


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