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Livrarias de Nova York fazem 'vaquinha' para sobreviver

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

Quando o empresário Peter Glassman abriu sua livraria especializada em edições infantis em Nova York, há 32 anos, seus amigos duvidaram de que haveria demanda para um nicho tão específico.

O modelo de negócio se provou sustentável até 2012, quando, enfim, as previsões contrárias se confirmaram e a empresa teve de recorrer a doações da clientela para sanar os prejuízos deixados pela crise e pelo avanço de competidores gigantes, como a Amazon, nos últimos anos.

Com US$ 100 mil arrecadados, Glassman não foi o único no setor que nos últimos seis meses concluiu que passar o chapéu seria alternativa. Saídas como vender café, brinquedos e outras bugigangas para preservar os balanços já são status quo. A estratégia que se consolida agora é o "crowdfunding", prática que cresceu na esteira de sites que arrecadam fundos para novos pequenos negócios.

As plataformas têm sido frequentadas por empreendimentos maduros como a The Bookstore, que opera há quase 40 anos na Califórnia.

A empresa estava às vésperas de fechar as portas no fim do ano passado quando seu administrador resolveu pedir dinheiro e alcançou mais de US$ 36 mil em fevereiro.

"O negócio tem de sobreviver por si, mas é possível tirar o caráter de caridade oferecendo valor aos doadores", diz Glassman, que chegou a emprestar a loja para festa de um doador mais generoso.

Histórias semelhantes são narradas por livrarias como a Adobe Books, de San Francisco, e a Spellbound, de Asheville. "Vejo como uma tendência entre livrarias independentes que criaram um senso de comunidade entre seus clientes ao longo dos anos", afirma Glassman.

A vaquinha também ajuda a expandir negócios saudáveis. "Pedimos apoio para comprar uma livraria que funciona num celeiro de 1873", diz Zack Zook, da BookCourt, de Nova York.

Foram US$ 40 mil arrecadados entre clientes, escritores, editoras e colecionadores que possibilitaram a abertura da livraria focada em autores latinos La Casa Azul, dirigida por Aurora Anaya-Cerda.

"Há dois anos, só nós e uma outra usávamos esse tipo de plataforma. Há 15 dias, tivemos ingressos esgotados para palestras sobre crowdfunding'", diz.


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