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'Economia criativa' do Recife reduz dependência de SP e Rio

Porto Digital recebe aporte de R$ 12 milhões em tecnologia para finalizar filmes

Polo de tecnologia da informação da cidade amplia seu foco para áreas como cinema, animação e games

DANIEL CARVALHO DO RECIFE

Após se consolidar como polo de tecnologia da informação no país, o Porto Digital, no Recife, ampliou seu foco para a economia criativa.

São ramos como cinema, animação, música, fotografia, games e design, de tradição na cidade, mas que nunca haviam se organizado em torno da inovação.

A economia criativa responde por 2,6% do PIB brasileiro e entrou na pauta do Porto Digital em 2010, uma década após a fundação do parque tecnológico sediado no casario antigo do bairro do Recife, centro da cidade.

Hoje há no polo 16 firmas da área cultural. Desde 2000, ele saltou de 3 para 233 empresas, que faturam cerca de R$ 1 bilhão ao ano e empregam 7.000 pessoas,

Empresas "ancoradas" no porto têm benefícios como redução de impostos municipais, capacitação de pessoal, certificações e internet de alta velocidade. Há ainda um escritório em São Paulo para reuniões com clientes.

Metade das empresas de tecnologia da informação do Recife está no parque tecnológico, conhecido como "Vale do Silício brasileiro".

A novidade, inaugurada na semana passada, é o Portomídia, núcleo que oferece cursos, galeria de exposição digital e equipamentos de tecnologia de ponta.

O espaço de máquinas de última geração para correção de cor e som e mixagem de curtas e longas metragens consumiu R$ 12 milhões em investimentos federais, estaduais e municipais.

Para o cineasta Pedro Severien, é uma chance de ampliar possibilidades técnicas e artísticas.

"Tínhamos que finalizar filmes no Rio ou em São Paulo, onde finalizadoras trabalham, em geral, para produções comerciais e publicitárias. Filmes independentes, de orçamento limitado, eram sempre escanteados", afirma o cineasta.

"Somos [Porto Digital] condenados a crescer. O Portomídia entrou na vida do Porto Digital como direção estratégica de crescimento", diz o economista Francisco Saboya, presidente do polo.

GRATUITO

Até o fim do ano, produtoras podem se inscrever para uso gratuito das máquinas. A partir do ano que vem, haverá cobrança de valores subsidiados, abaixo dos de mercado, mas ainda não definidos.

Outros R$ 12 milhões já estão assegurados para obras do núcleo de produção, que envolve sala de exibição, estúdios de cinema, música, fotografia e "motion capture" (captação de movimentos com atores e sensores para animação digital).

O espaço deverá começar a operar em 2015 e incluirá um laboratório para testes e certificação de aplicativos.


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