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Israel vai erguer mais 1.200 casas para colonos

Expansão em territórios palestinos é mais um golpe a negociações de paz

Israelenses e palestinos se reúnem na quarta em Jerusalém, e ampliação de assentamentos deve ser um tema central

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

O Ministério de Habitação de Israel anunciou, ontem, a venda de terrenos para a construção imediata de quase 1.200 novas casas nos territórios ocupados de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia.

Esta é a última etapa na longa burocracia para que as edificações sejam erguidas.

A decisão, apesar de já vir sendo esperada, causou mal-estar tanto entre a liderança palestina quanto no governo do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu.

Na última quarta-feira, a Administração Civil de Israel já aprovara um plano de construção de outras 878 casas na Cisjordânia.

Tudo isso ocorre em meio ao diálogo de paz. É esperado que, nesta quarta-feira, Israel e as autoridades palestinas retomem, com mediação dos Estados Unidos, as negociações, travadas desde 2010. A posse de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia será central nos debates.

Palestinos, assim como a comunidade internacional, não reconhecem o controle israelense das áreas além das fronteiras de 1967. Esses territórios foram tomados por Israel na Guerra dos Seis Dias.

Ao fazer o anúncio, o ministro da Habitação, Uri Ariel, afirmou que "nenhum país no mundo permitiria que alguém lhe dissesse onde pode ou não construir".

Ariel é integrante do Bayt Yehudi ("lar judaico"), um partido favorável à política de assentamentos israelenses.

Israel tem sido alvo de forte crítica internacional. A União Europeia publicou recentemente diretrizes para que seus países-membros excluam os territórios ocupados de todos os tratados a partir de 2014, o que surpreendeu --e irritou-- Netanyahu.

Entre as casas anunciadas ontem, cerca de 800 devem ser erguidas em Jerusalém Oriental, que palestinos exigem para si em um eventual tratado. Haverá também 394 unidades em assentamentos israelenses como Ariel e Efrat, na Cisjordânia, que provavelmente ficariam sob o controle de Israel.

Já era esperado que Israel anunciasse novos planos de construção conforme levasse adiante sua decisão de libertar prisioneiros palestinos.

Antes da construção ser divulgada, Saeb Erekat, negociador-chefe palestino, afirmou que o governo israelense está "determinado a forçar pessoas como nós a abandonar as conversas".

PRISIONEIROS

Israel decidiu ontem que libertará, nos próximos dias, 26 dos 104 prisioneiros palestinos cuja soltura foi prometida em julho como parte do esforço pelo diálogo de paz. A lista dos nomes deve ser anunciada nesta semana.


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