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Israel vai libertar 26 palestinos na véspera de negociação de paz

Vista como gesto de boa fé, medida é contestada por israelenses

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

O governo israelense divulgou ontem o nome dos 26 prisioneiros palestinos que farão parte da primeira leva de libertados nesta semana, como gesto de boa vontade para a retomada das negociações de paz.

Na lista, há 21 condenados pelo homicídio de israelenses ou de supostos colaboradores palestinos. A maioria já cumpriu 20 anos de prisão.

Os que voltarem a se envolver com atos terroristas terão penas mais severas, segundo as autoridades israelenses.

A libertação de 104 palestinos detidos antes dos Acordos de Oslo, de 1993, é uma das principais demandas de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, para retomar o diálogo com Israel. No fim de julho, o governo do premiê Binyamin Netanyahu prometeu soltá-los gradualmente.

Haverá um período para apelações contra a libertação. É esperado que a primeira leva seja libertada hoje. As negociações serão retomadas amanhã, em Jerusalém, com mediação dos EUA.

Ao menos 15 dos presos a serem soltos são da faixa de Gaza. Três são da facção radical Hamas, e 15, ao Fatah.

Enquanto palestinos consideram os prisioneiros heróis, os israelenses falam em "libertação de terroristas". A medida é impopular até no gabinete de Netanyahu.

"Hoje é um dia muito triste para a sociedade israelense", disse à Folha Meir Indor, diretor da associação de familiares de vítimas Almagor. "As negociações não deveriam incluir pessoas que mataram inocentes."

Há rumores, porém, de que a decisão foi tomada como compensação pelo anúncio, feito anteontem, da construção de quase 1.200 casas em Jerusalém Oriental e em assentamentos na Cisjordânia.

A expansão das colônias israelenses nos territórios palestinos para além das fronteiras de 1967, considerado ilegal pela comunidade internacional, é um dos principais entraves para o avanço das negociações de paz, congeladas desde 2010.


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