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EUA classificam violência de 'deplorável'

Departamento de Estado americano diz avaliar se continuará a dar ajuda militar anual de US$ 1,5 bilhão ao Egito

Confrontos são alvo de repúdio de diversos países, que fazem apelo ao diálogo e dizem temer instabilidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

"Só existe solução política se o povo estiver unido. A contínua polarização só trará mais desgaste à recuperação políticajohn kerrysecretário de Estado dos EUAA escalada da violência e a repressão representam séria degradação da situação em um país-chave para a estabilidade da regiãoPalácio do Itamaraty, em nota

Os confrontos no Egito foram condenados ontem por governos de diversos países, inclusive dos Estados Unidos, que concedem ajuda militar anual de US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 3,5 bilhões) ao país.

O secretário de Estado americano, John Kerry, chamou a violência de "deplorável" e pediu que os dois grupos negociem. "Só existe solução política se o povo estiver unido. A contínua polarização só trará mais desgaste à recuperação política."

Já o porta-voz interino da Casa Branca, Josh Earnest, pediu aos militares que respeitem os direitos humanos básicos do povo egípcio.

Earnest disse que a violência só vai tornar mais difícil para as partes retornar a um caminho de paz e democracia. Ele condenou ainda o estado de emergência no país.

Mais tarde, o Departamento de Estado afirmou que avalia se continuará a conceder a ajuda militar ao Egito, que é um dos poucos parceiros dos EUA no Oriente Médio.

O governo americano evita se pronunciar sobre a natureza da queda de Mursi porque, se a considerar um golpe de Estado, será obrigado a suspender o benefício.

INSTABILIDADE

Em nota, o Brasil manifestou preocupação com a "séria degradação da situação de segurança em um país-chave para a estabilidade da região".

"O governo brasileiro condena a brutalidade da repressão no Egito e conclama ao diálogo e à conciliação para que as justas aspirações da população egípcia por liberdade, democracia e prosperidade, expressadas na Revolução de 25 de janeiro [que levou à queda do ex-ditador Hosni Mubarak em 2011], possam ser alcançadas [...] com o retorno à plena vigência da ordem democrática", diz a nota do Itamaraty.

Os confrontos também foram alvo de repúdio da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, que defendeu o direito de realização de manifestações pacíficas.

Já o gabinete do premiê turco, Tayyip Recep Erdogan, classificou a repressão como sério golpe contra as esperanças de retorno à democracia -- após o golpe, os militares prometeram preparar eleições para a substituição do governo interino.

O presidente turco, Abdullah Gul, advertiu que o golpe pode causar caos e comparou os confrontos de ontem no Egito à campanha repressiva que causou a guerra civil na Síria.


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