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Análise

Ainda que isso beneficie Assad, forças de Israel podem atacar rede Al Qaeda

MÁRIO CHIMANOVITCH ESPECIAL PARA A FOLHA

Foi no dia 22 de janeiro que o Shin Bet, braço interno do Mossad, o serviço secreto israelense, desmantelou uma célula terrorista que ameaçava explodir a Embaixada dos Estados Unidos no país.

Os terroristas confessaram que integravam um grupo inspirado e financiado pela Al Qaeda, atualmente combatendo o regime de Assad na guerra civil da Síria.

A descoberta acendeu uma luz de alarme no sistema de segurança israelense.

A Al Qaeda, segundo os serviços de inteligência de Israel e agências europeias de informação, já mantém 30 mil jihadistas ou combatentes em território sírio, numa proximidade perigosa com a fronteira do Estado judeu.

O temor israelense é o de que esses combatentes experientes se lancem em missões suicidas, tanto na região ocupada das colinas de Golã como a partir dos territórios da Cisjordânia, onde teriam o apoio da população local para entrar.

Diante dessa perspectiva, as forças de defesa de Israel já cogitam seriamente combater a Al Qaeda no interior do teatro de batalha sírio, movendo uma guerra de extermínio, com o objetivo de neutralizá-la, ainda que isso implique beneficiar as forças do ditador Assad.

A preocupação com a Al Qaeda não concerne tão somente aos militares de Israel.

Também no mês de janeiro, o "Wall Street Journal" revelou que membros de agências de inteligência europeias, mais precisamente da Inglaterra, da França, da Alemanha e da Espanha, avistaram-se com os responsáveis pelo "mukhabarat" (serviço secreto) sírio para trocar informações sobre a atuação da Al Qaeda no conflito no país.

Não se tratou de uma reaproximação desses governos com o censurado regime sírio, mas, sim, de expressar a preocupação real de que os os radicais, em sua maioria procedentes de países da Europa, retornem aos seus pontos de origem para reforçar células terroristas locais.

Quanto aos israelenses, por fim, um vídeo sobre a Al Qaeda e a sua participação no conflito sírio indica a ameaça real que essa organização representa ao Estado judeu.

Nesse vídeo, jovens porta-vozes da Al Qaeda afirmam que não vão se contentar em derrubar o regime de Assad: "Nosso próximo objetivo será libertar a Palestina e o Golã. E a partir daí prosseguiremos com a nossa guerra de conquista até a destruição do Estado sionista".


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