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Terrorismo é desafio para os novos grupos de mídia

JENNIFER SABA DA REUTERS, EM NOVA YORK

O vídeo mostrando a execução do jornalista James Foley pelo Estado Islâmico assinala a segunda vez em que um repórter americano é decapitado por captores no exterior, ecoando o assassinato do correspondente do "Wall Street Journal" Daniel Pearl no Paquistão, em 2002.

Enquanto Pearl trabalhava para uma das maiores organizações noticiosas do mundo, Foley estava a serviço da GlobalPost, uma start-up de jornalismo on-line que tem 28 profissionais em tempo integral e está tentando sobreviver como órgão independente pequeno.

O contraste destaca as mudanças que atingem a mídia noticiosa, que nos últimos anos sofreu grandes cortes de profissionais e viu reduzidos seus recursos dedicados à cobertura internacional.

Ao menos 20 jornais americanos que tinham sucursais no exterior, incluindo "The Baltimore Sun", "Los Angeles Times" e "The Boston Globe", enxugaram a cobertura internacional, segundo o Pew Research Center.

Mas um grupo novo de veículos menores e com menos recursos, como GlobalPost, Vice Media e BuzzFeed, está ocupando o espaço e transmitindo reportagens desde regiões em conflito.

Também surgiu uma onda de jornalistas free-lancers capazes de criar reportagens com smartphones ou câmeras pequenas e postá-las online, sem o apoio de uma grande organização de mídia.

A GlobalPost nasceu em 2009 com a missão declarada de ajudar a cobrir o vazio na cobertura internacional.

Ela é uma empresa de jornalismo com fins lucrativos, mas, segundo seu site na internet, reconhece que "ainda está longe de ser um negócio que se sustenta sozinho".

Ganha dinheiro com publicidade, assinantes e a venda de suas reportagens para muitas emissoras.

Philip Balboni, co-fundador e executivo-chefe da empresa, sediada em Boston, disse que a GlobalPost exige que qualquer profissional a seu serviço que trabalha em uma zona de conflito passe por cursos de treinamento.

Disse que a GlobalPost paga pelo treinamento ou contribui para os custos, dependendo das circunstâncias.

"Para nós, não faz diferença se uma pessoa está trabalhando para nós em tempo integral ou como free-lancer. Sempre nos engajamos profundamente com nosso pessoal em campo e trabalhamos com os profissionais, traçando diretrizes para guiar como devem trabalhar."

Desde 1991, segundo o Comitê para Proteção de Jornalistas, mais de mil jornalistas foram mortos fazendo a cobertura de conflitos diversos.


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