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Conselho de Segurança condena violência contra população líbia
Para diplomata líbio na ONU, declaração não é forte o suficiente
ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK
O Conselho de Segurança
da ONU condenou ontem os
ataques da Líbia contra a população e pediu o fim imediato da violência no país.
O organismo, que se reuniu em Nova York, pediu, em
comunicado aprovado por
consenso, que medidas sejam tomadas para atender às
"demandas legítimas da população, inclusive por meio
do diálogo nacional".
"Os membros do conselho
ressaltaram a importância da
responsabilidade. Eles salientaram a necessidade de
responsabilizar os encarregados pelos ataques a civis,
incluindo as forças sob controle deles", disse a nota do
organismo formado por 15
países e que está sob a presidência do Brasil.
Segundo a embaixadora
brasileira na ONU, Maria Luiza Ribeiro Viotti, os pontos
defendidos pelo CS "refletem
exatamente a posição brasileira e que o Brasil já manifestou em nota à imprensa e
às autoridades líbias".
Viotti disse ainda que o organismo não discutiu a possibilidade de sanções contra
a Líbia.
O comunicado demonstra
também preocupação em relação com a falta de suprimentos médicos para tratar
os feridos e pede que as autoridades líbias permitam a
passagem segura de ajuda
humanitária para o país.
O embaixador-adjunto da
Líbia na ONU, Ibrahim Dabbashi, disse que a nota do
conselho foi boa, mas não foi
forte o suficiente.
Para o diplomata, que anteontem exigiu que Muammar Gaddafi renunciasse, o
discurso de ontem do ditador
foi um código para que seus
aliados comecem os ataques.
"O genocídio começou
agora", afirmou.
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