São Paulo, domingo, 23 de maio de 2010

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EUA

Após ignorar o acordo Brasil-Irã, Obama prega divisão dos 'fardos'

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS - O presidente americano, Barack Obama, disse ontem que os EUA não podem atuar sozinhos no mundo e defendeu a criação de uma nova "ordem internacional", numa cerimônia de formatura de militares na academia de West Point.
"O fardo deste século não pode cair apenas sobre os ombros dos nossos soldados, e tampouco sobre os dos EUA", afirmou, ao se referir às guerras travadas no Iraque e no Afeganistão e à necessidade da colaboração dos aliados.
"Nossos adversários gostariam de ver os EUA esgotarem a sua força sobrecarregando o seu poder", emendou Obama.
O pronunciamento antecede em apenas alguns dias a divulgação pelo americano de sua nova Estratégia de Segurança Nacional- prevista para esta semana -e sinaliza uma mudança significativa de sua política externa em relação à de George W. Bush (2001-09).
Há oito anos, o ex-presidente americano usou a mesma cerimônia, meses após os ataques do 11 de Setembro, para delinear suas diretrizes de unilateralismo e "guerra preventiva", repudiados por Obama.
Falando a prováveis futuros combatentes nos fronts iraquiano e afegão, o atual presidente defendeu a abordagem do seu governo nos conflitos -que direcionou esforços ao segundo em detrimento do primeiro-, mas pregou maior "engajamento"com aliados.
Na última terça, os EUA rejeitaram tentativa de mediação realizada por Brasil e Turquia no impasse nuclear como Irã e apresentaram proposta de resolução para novas sanções contra o país no Conselho de Segurança da ONU.
Anteontem, vieram à tona trechos de uma carta, obtidos pela agência Reuters, enviada há semanas por Obama ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em que defendia os pontos atendidos no pacto anunciado na segunda em Teerã.


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