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EUA
Após ignorar o acordo Brasil-Irã, Obama prega divisão dos 'fardos'
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS -
O presidente americano, Barack
Obama, disse ontem que
os EUA não podem atuar sozinhos
no mundo e defendeu a
criação de uma nova "ordem
internacional", numa cerimônia
de formatura de militares
na academia de West Point.
"O fardo deste século não
pode cair apenas sobre os ombros
dos nossos soldados, e
tampouco sobre os dos EUA",
afirmou, ao se referir às guerras
travadas no Iraque e no
Afeganistão e à necessidade
da colaboração dos aliados.
"Nossos adversários gostariam
de ver os EUA esgotarem
a sua força sobrecarregando o
seu poder", emendou Obama.
O pronunciamento antecede
em apenas alguns dias a divulgação
pelo americano de
sua nova Estratégia de Segurança Nacional-
prevista para esta semana -e sinaliza uma
mudança significativa de sua
política externa em relação à
de George W. Bush (2001-09).
Há oito anos, o ex-presidente
americano usou a mesma
cerimônia, meses após os ataques
do 11 de Setembro, para
delinear suas diretrizes de unilateralismo
e "guerra preventiva",
repudiados por Obama.
Falando a prováveis futuros
combatentes nos fronts iraquiano
e afegão, o atual presidente
defendeu a abordagem
do seu governo nos conflitos
-que direcionou esforços ao
segundo em detrimento do
primeiro-, mas pregou maior
"engajamento"com aliados.
Na última terça, os EUA rejeitaram
tentativa de mediação
realizada por Brasil e Turquia no impasse nuclear
como Irã e apresentaram proposta
de resolução para novas sanções
contra o país no Conselho
de Segurança da ONU.
Anteontem, vieram à tona
trechos de uma carta, obtidos
pela agência Reuters, enviada
há semanas por Obama ao presidente
Luiz Inácio Lula da Silva
em que defendia os pontos
atendidos no pacto anunciado
na segunda em Teerã.
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