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Nova-iorquinos gostam de forró e churrasco
CÍNTIA CARDOSO
DE NOVA YORK
Aos poucos, elementos da
cultura brasileira começam
a se infiltrar em Nova York.
No cenário musical, ao lado
da bossa nova, estão emergindo novidades como forró
e chorinho.
No East Village, patricinhas, yuppies, pós-punks e
brasileiros se espremem na
pista da boate Nublu para
dançar forró. O gerente
Youssef Sayman conta que o
projeto de apresentar música brasileira começou há um
ano e meio. Desde então, todas as quartas-feiras, a capacidade máxima de 120 pessoas é atingida.
Com o rótulo de "Brazilian
jazz", o grupo brasileiro
Choro Ensemble há dois
anos e meio se apresenta no
restaurante francês Jule's
Bistro, também no East Village. "O chorinho acaba
chocando pela diferença
com a bossa nova e o samba.
Esse choque é o que atrai o
público", diz Zé Maurício,
pandeirista do grupo.
No restaurante Circus,
uma clientela de americanos
e turistas não se intimida
diante de pratos como a feijoada ou a moqueca de camarão. Orlando Ronchaquira, gerente do estabelecimento, diz que frango à passarinho e casquinha de siri
são os mais pedidos.
A churrascaria Plataforma
acaba de abrir a sua segunda
unidade em Nova York. "O
conceito de churrascaria, de
comida farta, deu muito certo nos EUA. A moda veio para ficar", diz o proprietário
João de Mattos, que planeja
expandir a rede para Las Vegas e para o Meio-Oeste.
A culinária brasileira também ganha espaço no Japão.
Em Tóquio, o restaurante
Favela funciona há dois anos
no sofisticado bairro Aoyama. Seu proprietário, Hiro
Araki, nunca morou no Brasil e diz que resolveu investir
na gastronomia que chama
de "nouvelle Brazilian"
(uma fusão com elementos
japoneses) porque já havia
na cidade muitas opções italianas e francesas. "Os japoneses gostam bastante da comida brasileira. Só que não
sabem que churrasco e pão
de queijo vêm daí."
Com a Redação
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