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Grupo invade Câmara do Rio e volta a cercar casa do governador

Retirados pela PM, manifestantes seguiram para a Assembleia

LUCAS VETTORAZZO FABIO BRISOLLA DO RIO

Manifestantes arrombaram e invadiram a Câmara Municipal do Rio, na Cinelândia, ontem à noite, mas foram retirados por policiais militares pouco antes das 22h30.

Os invasores jogaram tinta verde no saguão principal do prédio no momento em que os policiais tentavam impedir que entrassem. Uma escultura de bronze teve seu pedestal, de granito, quebrado.

Segundo um funcionário da Câmara ouvido pela Folha, a intenção dos manifestantes era passar a noite acampados no plenário.

Por volta das 23h30, os manifestantes que ainda estavam nas ruas do centro decidiram ir para o Leblon e se juntar ao grupo que acampa em frente à casa do governador Sérgio Cabral.

Houve pequenos confrontos durante a retirada dos invasores da Câmara. Manifestantes arremessavam pedras contra os policiais, que reagiam com jatos de spray de pimenta. Um policial ficou ferido, atingido por uma pedra.

O ato começou às 17h no mesmo local. Um grande contingente de policiais acompanhava o grupo, revistando as mochilas de alguns deles.

Na linha de frente da caminhada seguiam adeptos das táticas dos "black blocs", mascarados, vestidos de preto e muitos usando escudos.

Diferentemente do que vinha acontecendo em manifestações anteriores, os policiais tinham apenas cassetetes --não usavam capacetes ou escudos-- e não intervieram na caminhada.

Da Câmara dos Vereadores, os manifestantes, a maior parte deles com os rostos cobertos por máscaras, seguiram para a sede do Ministério Público estadual.

Lá, entregaram uma lista de reivindicações para o procurador-geral, Marfan Vieira.

Entre os pedidos estavam a abertura de inquéritos para apurar supostos abusos de PMs nos protestos, auditoria nas contas do Estado e investigações a respeito dos gastos da Copa e da Olimpíada.

O grupo, de cerca de 500 pessoas de acordo com estimativa da PM, caminhou então para a Assembleia Legislativa, local que, em junho, foi depredado e invadido ao final de um ato público. De forma pacífica, eles ocuparam as escadarias do prédio.

Pouco antes das 21h, eles correram em direção à Câmara dos Vereadores, a cerca de 600 metros de distância. A correria surpreendeu os policiais. Um grupo, que chegou antes da polícia, conseguiu entrar por uma porta lateral.

Enquanto os policiais tentavam conter a invasão, outro grupo arrombou a porta principal e entrou, gritando palavras de ordem como "deixem passar a revolta popular".


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